Ex-policiais rodoviários federais são condenados pela morte de Genivaldo em Sergipe; confira as sentenças

O resultado foi anunciado nas primeiras horas da manhã deste sábado (7), durante o 12° dia do Tribunal do Júri

Por Redação do Portal A8SE 07/12/2024 08h16
Ex-policiais rodoviários federais são condenados pela morte de Genivaldo em Sergipe; confira as sentenças
Foto: Arquivo William Barros Nóia, Kleber Nascimento e Paulo Rodolpho

Após doze dias de julgamento, os ex-policiais rodoviários federais foram condenados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida em Umbaúba, município do sul sergipano. A sentença foi anunciada nas primeiras horas da manhã deste sábado (7), durante o 12° dia do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Heitor de Souza, em Estância.

William Barros Nóia foi condenado por homicídio culposo e tortura a 23 anos, 1 mês e 9 dias de prisão, assim como Kleber Nascimento, que recebeu a mesma pena. Já Paulo Rodolpho foi condenado a 28 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.

O júri entendeu que as penas William e Kleber foram agravadas pelo motivo fútil, pela asfixia e pelas circunstâncias que impossibilitaram a defesa da vítima.Além disso, foram considerados os fatos de o crime ter sido cometido por agentes públicos e contra pessoa com deficiência, conforme o Código de Processo Penal (CPP) e a Lei n° 9455/1997.

Outro aspecto relevante é que o Conselho de Sentença desclassificou o crime de homicídio doloso para William e Kleber, condenando Paulo Rodolpho por homicídio triplamente qualificado.

Relembre o caso

No dia 25 de maio de 2022, Genivaldo foi abordado pela PRF na BR-101, em Umbaúba, por pilotar uma motocicleta sem capacete. Os policiais o imobilizaram, amarraram suas mãos e pés e o colocaram dentro do porta-malas da viatura, onde liberaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta. A câmara de gás improvisada causou a morte de Genivaldo por asfixia mecânica e insuficiência respiratória, conforme apontado pelo Instituto Médico Legal (IML).

O caso ocorreu exatamente dois anos após a morte de George Floyd, um homem negro assassinado por policiais durante uma abordagem nos Estados Unidos. Embora as circunstâncias das duas mortes sejam distintas, ambas geraram a mesma dor e revolta, com repercussão internacional.

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