Eduardo Seresteiro volta à prisão após oito anos foragido

30/09/2015 19h03
Eduardo Seresteiro volta à prisão após oito anos foragido
A8SE

EduardoSeresteiro é recapturado (Ascom/SSP)

Com uma forte escolta policial, desembarca na tarde de hoje (11) no aeroporto de Aracaju o preso, Eduardo Santos Menezes, conhecido como ‘ Eduardo Seresteiro`. Ele é condenado a 26 anos de reclusão por ter tramado a morte do músico Ivan Andrade, fato ocorrido no ano de 1995 em Itabaiana.

Eduardo Seresteiro foi preso na ocasião, mas há oito anos conseguiu fugir do Copecam. A recaptura ocorreu graças a informações enviadas pela Delegacia de Polícia Interestadual de Sergipe (Polinter) ao Departamento de Inteligência Policial do Ceará (DIPE), em novembro de 2008, num trabalho de parceria.

"Tínhamos conhecimento que o fugitivo estaria trabalhado normalmente na cidade de Crato-CE, tocando em bares e alugando equipamentos de som. Colhemos todas as informações e mantivemos contato com a Polícia Civil do Ceará, que realizou as diligências solicitadas e efetuou a prisão do foragido em 06/01/09", salientou a delegada Nalile Castro, titular da Polinter.

Crime

A vítima, Ivan Andrade tocava violão em serestas na região de Itabaiana e, costumeiramente, contratava Eduardo Seresteiro para tocar teclado em suas apresentações. Ivan Andrade também alugava seu teclado para Eduardo fazer seus próprios shows. Como os aluguéis não vinham sendo pagos, a vítima passou a negar novos pedidos, o que desagradou o acusado.

Segundo informações coletadas na época pela polícia, Eduardo Seresteiro passou a planejar a morte do músico e compositor, atraindo o mesmo para uma falsa apresentação musical. Para isso contratou Ricardo Nunes da Silva, o Cacau, que fingiu contratar Ivan Andrade para um show em Frei Paulo, chegando a seguirem juntos para esta cidade num mesmo veículo, ocupado, inclusive, por mais dois passageiros, o técnico de som Monilton Vital Nunes, também vítima fatal, e um professor que teve a vida poupada.

O caso trouxe indignação à sociedade itabaianense à época. O executor Ricardo Nunes, de posse de um revólver calibre. 38, teria simulado um simples assalto, vindo a atirar de Ivan Andrade e do técnico Monilton Vital, este por ter tentado defender o amigo. O corpo de Ivan Andrade, antes de ser jogado num barranco, foi exibido ao mandante Eduardo Seresteiro, como uma garantia de que tudo ocorreu conforme planejado. Além disso, Eduardo Seresteiro ficou com o aparelho de som da vítima. Ricardo Nunes da Silva, vulgo Cacau, atualmente cumpre pena em regime semi-aberto.

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