Controle do peso na infância é tema do Dia Mundial do Câncer

Hoje(04) Dia Mundial do Câncer, a União Internacional de Controle do Câncer, alerta para a obesidade, um dos fatores de risco para câncer que tem avançado fortemente entre crianças.

30/09/2015 19h02
Controle do peso na infância é tema do Dia Mundial do Câncer
A8SE

 

Aumenta o número de crianças obesas (.)

A obesidade e o sobrepeso são fatores de risco para câncer que têm avançado fortemente entre crianças e adultos de todo o mundo. Para alertar a população sobre o fato de que estar acima do peso na infância pode levar ao surgimento do câncer ao longo da vida, uma campanha que envolverá mais de 90 países será lançada nesta quarta-feira (4), Dia Mundial do Câncer.

A iniciativa é da União Internacional de Controle do Câncer, UICC, maior organização não-governamental do mundo dedicada ao controle da doença. O Instituto Nacional de Câncer, INCA, é membro da UICC e a apoiará na divulgação do tema no Brasil.

A ação faz parte de um projeto mais amplo, lançado há dois anos e que será desenvolvido até 2012. As atividades são guiadas pelo tema "Crianças de hoje, mundo de amanhã", que atenta para a necessidade da adoção de hábitos saudáveis para prevenção do câncer desde a infância.

Em 2009, a campanha pretende mobilizar familiares, profissionais de saúde, educadores e o poder público para a promoção da saúde e prevenção do câncer, por meio do estímulo a um estilo de vida saudável para as crianças, com escolhas alimentares adequadas e uma vida fisicamente ativa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, pelo menos 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente por causa do excesso de peso ou obesidade. A UICC estima que a alimentação inadequada, o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade sejam responsáveis por aproximadamente 30% dos casos de câncer nos países ocidentais, o que representa a segunda maior causa evitável de câncer, atrás apenas do tabagismo. A campanha pretende alertar para a necessidade do equilíbrio entre a energia ingerida por meio da alimentação e a gasta com atividades físicas.

Orientações

Obesidade:risco de câncer (.)

Uma criança obesa tem chances até 30% maiores de se tornar um adulto obeso e o excesso de peso corporal em adultos é um fator de risco comprovado para câncer. Há evidências de que o excesso de gordura corporal aumente o risco do desenvolvimento de vários tipos de câncer, como de endométrio, rim, vesícula, pâncreas, mama e intestino. A primeira atitude que os pais podem tomar para prevenir a obesidade de seus filhos é alimentá-los somente por meio da amamentação até os seis meses de idade. Isso reduz em 13% as chances de a criança tornar-se obesa.

Hábitos saudáveis adquiridos desde cedo têm forte impacto ao longo da vida. Grande parte dos hábitos é estabelecida durante a infância, e o ambiente em que as crianças crescem - em casa, na escola ou em suas comunidades - as influencia de forma bastante intensa. Por isso, é importante que sejam estimulados, desde a infância, hábitos como alimentação saudável e a prática de atividade física. A escolha de um prato de comida colorida, com mais frutas, verduras e legumes, e menos gorduras, deve ser incentivada desde cedo. Além disso, os pais também devem estimular seus filhos a serem fisicamente ativos, reduzindo o tempo de atividades e brincadeiras mais sedentárias, como assistir televisão.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1,6 bilhão de adultos no mundo estão com excesso de peso e ao menos 400 milhões desses são obesos. As projeções indicam que em 2015 esses números subam para 3,3 bilhões e 700 milhões, respectivamente. A estimativa é que uma em cada 10 crianças em idade escolar esteja com excesso de peso. Dessas, de 30 a 45 milhões são obesas, o que representa de 2 a 3% de todas as crianças do mundo com idade entre 5 e 17 anos. No Brasil, de acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiares, POF, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 40,6% da população está com excesso de peso e 11,1% dos brasileiros são obesos. Esse número representa praticamente o dobro da prevalência de obesidade observada em 1974, que era de 5,7%.

 

 

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