Contaminação entre mulheres casadas cresce em Sergipe

Uma má notícia para as mulheres sergipanas, principalmente as casadas e com parceiros fixos. Segundo informações da coordenadoria estadual do programa DST/Aids, o número de mulheres casadas infectadas com o vírus da Aids tem crescido no Estado.
Em Aracaju, na década de 90, a proporção era de uma mulher soropositivo para 23 homens. Em 2007, essa diferença diminuiu de forma notável: uma mulher para dois homens portadores do HIV. E a tendência é que essa diferença diminua, ou seja, para cada homem portador da doença uma mulher também esteja infectada. Em Sergipe, de acordo com dados oficiais, até fevereiro de 2009, 639 mulheres estavam infectadas com o vírus da Aids.
O coordenador do programa estadual DST/Aids, Almir Santana, traçou o perfil da mulher sergipana que apresenta a doença. Segundo ele, é formado por mulheres casadas, com mais de 30 anos, classe social baixa e com mais de três filhos.
"O grande problema acontece porque os maridos traem as mulheres, pegam o vírus sem saber e passam para a parceira. Em algumas vezes, os maridos traem as mulheres porque estão embriagados e esquecem de usar a camisinha. Quando chegam a casa, não usam com as mulheres e é aí que mora o perigo", alertou o médico.
Apesar das campanhas desenvolvidas pelo Governo, as pessoas ainda acham que a Aids é uma doença de grupos de risco, como prostitutas ou de homossexuais. "Qualquer pessoa que tenha relação sexual sem proteção, seja homem, mulher, hetero, homo ou bissexual, está correndo risco", afirma Almir Santana, acrescentando que o terceiro grupo de contaminação é o de homossexuais. Os primeiros são hetero, seguidos de bissexuais.
Interior - De acordo com o coordenador Almir Santana, devido o aumento de mulheres do interior infectadas com o vírus, o Governo tem voltado às atenções para esse público. Durante a realização do programa Bem Mulher, além de outros exames é também oferecido um teste rápido para detecção do HIV. Frequentemente são realizados cursos, palestras e diversas atividades, buscando orientar a população feminina - especialmente a quem tem pouco acesso a informação - sobre os riscos da doença.
De acordo com a coordenadora do programa Saúde da Mulher, Cristina Ludmila, uma das principais ações é a conscientização sobre como prevenir a transmissão do vírus HIV. "As mulheres ainda têm vergonha de falar nisso, e os próprios médicos também evitam falar em Aids. Acham que, ao oferecer o teste do HIV, podem estar ofendendo a paciente", contou.
Bolsa camisinha - O coordenador Almir Santana, está viabilizando a entrega de um kit com preservativos e folhetos de orientação. O material será entregue juntamente com o Bolsa Família. "As mulheres quando forem receber o Bolsa Família também ganhará o Bolsa camisinha. O objetivo é facilitar o acesso à prevenção", explicou o médico.
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