Construção civil em Sergipe ‘dribla’ crise mundial

30/09/2015 19h10
Construção civil em Sergipe ‘dribla’ crise mundial
A8SE

 

Construção civil não sente abalos da crise mundial (Foto: Getty Images)

Sendo a segunda atividade que mais emprega em Sergipe, segundo dados de 2006 do Ministério do Trabalho, o setor de construção civil demonstra solidez e aponta crescimento apesar da crise mundial - ao menos no menor estado da federação.

 

De acordo com o Superintendente Executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Sergipe (Sinduscon), José Augusto, em 2008 foram feitos 53 lançamentos imobiliários na grande Aracaju, o que resultaria um número aproximado de 3.500 unidades habitacionais, todas elas vendidas até setembro.

Mesmo com o ‘fantasma` de uma possível crise ‘passar uma temporada no Brasil`, os compradores apareceram. "Isto mostra que nossas empresas e nossos bancos são sérios", justifica, frente ao grande número de instituições tidas como sólidas mundo afora, e neste tempo de crise, viu seus respectivos negócios ruírem.

Ainda de acordo com José Augusto, o governo Federal tem apontado indícios de possuir interesse em incrementar ainda mais o setor. Idéias como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o projeto ‘Minha Casa, Minha Vida` (cuja adesão de Aracaju foi assinada na manhã de ontem) são exemplos deste atual momento.

"Apesar de o PAC ainda não ter ‘decolado` aqui no nordeste, ele tem tudo pra seguir adiante, em pleno vapor.O Governo até já deu início a algumas reduções de taxas", salientou o superintendente do sindicato.

 

Quem também tem idéias otimistas neste Dia do Trabalho no tocante à construção civil, é a gerente de Recursos Humanos da construtora Celi, Gabriela Fonseca. Para ela, o mercado indica uma projeção de crescimento contínuo. "O governo está dando muito incentivo e os projetos que estão sendo lançados acabam aquecendo o mercado de construção civil", acrescentou.

Em se tratando de contratação, Gabriela Fonseca disse não ter percebido indícios mínimos de crise. "O que eu vejo, inclusive, é a falta de mão-de-obra, principalmente na parte produtiva; falta pedreiro e eletricista`, finalizou.

Números

 

Programas do governo incentivam construções populares (Foto: Getty Images)

Segundo o superintendente do Sinduscon, Sergipe tem hoje, algo em torno de sete mil pessoas trabalhando diretamente na construção civil, ao passo que a capital, Aracaju, aproximadamente cinco mil.

 

Tanto ele quanto Gabriela foram categóricos ao afirmar que caso as cargas tributárias e impostos caíssem, haveria uma procura ainda maior por novos imóveis, cujo impacto direto resultaria na abertura de mais vagas no setor.

Contudo, apesar de não haver um estudo detalhado sobre a distribuição destes profissionais pelo Estado - segundo Augusto -, são as pequenas e médias empresas quem mais empregam na construção civil, pois as maiores tem boa parte do serviço mecanizado.

 

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