Combate a dengue chega a mais sete municípios sergipanos

30/09/2015 19h05
Combate a dengue chega a mais sete municípios sergipanos
A8SE

 

O grupo itinerante faz o tratamento químico de todos os potenciais focos do mosquito transmissor, além das ações educativas (Márcio Garcez)

Os agentes de endemias que fazem parte da Brigada Estadual de Combate a Dengue vão atuar em mais sete cidades sergipanas (Arauá, Divina Pastora, Santa Rosa de Lima, Barra dos Coqueiros, Pedrinhas, Pacatuba e Lagarto). As ações serão realizadas nesta primeira quinze de março. Até agora, a brigada já passou por 15 municípios.

 

Hoje (06), o grupo itinerante, formado por cerca de 160 agentes, pretende visitar 7.376 imóveis situados na sede da Barra dos Coqueiros e em alguns povoados. "Assim como nas outras cidades já percorridas, a brigada conta com o apoio da prefeitura, que disponibiliza seus agentes locais. Na Barra, estamos contando com a colaboração de 17 agentes municipais", informou o supervisor do Núcleo de Endemias da SES, Eraldo Fontes.

O trabalho compreende a eliminação dos criadouros encontrados e o tratamento químico de todos os potenciais focos do mosquito transmissor, além das ações educativas. "As orientações são passadas para todos os moradores, que vêm ou não tomando os cuidados. Mas é claro que, para aqueles que ainda não se engajaram na luta de combate à dengue, o reforço é maior", destacou Eraldo, que também entrou em algumas residências.

Uma das casas foi a de dona Josefa Ferreira Batista, 62 anos, que reside onde também funciona seu bar. A equipe constatou que a comerciante vem tomando medidas preventivas. "A caixa d`água é coberta, procuro deixar garrafas e vasilhas emborcadas, e também seco e lavo a lavanderia todos os dias", citou a comerciante. Porém, os cuidados assegurados por dona Josefa não foram suficientes para afastar a possibilidade de reprodução do Aedes aegypti dentro de sua residência.

Durante a vistoria, os agentes encontraram uma garrafa PET cortada ao meio servindo de recipiente para uma planta. A água nela depositada, limpa e parada, foi o ambiente propício para o mosquito, que já estava em sua fase de larvas, prontas para se tornarem pupas - fase intermediária. "Confesso que fiquei preocupada, pois achava que a situação estava sob controle", disse a comerciante, que justificou o descuido pelo fato de ter ficado quatro meses viajando. "Voltei esta semana e a casa passou todo esse tempo fechada".

Na oportunidade, ela ainda foi alertada sobre os cacos de vidro colocados no muro do quintal para inibir a ação de ladrões. "Não há problema em colocá-los, desde que as partes quebradas não formem pequenos depósitos de água das chuvas", orientou o técnico em endemias José Oliveira, que faz parte da equipe de supervisão da Secretaria de Estado da Saúde. "Agora vou passar a ter mais atenção e a fiscalizar melhor todos os cantos da casa. Depois dessa, todo cuidado é pouco", afirmou dona Josefa, referindo-se as larvas encontradas.

Continuidade

Depois da Barra dos Coqueiros, na próxima semana, será a vez dos municípios de Pedrinhas (dia 10), Pacatuba (dia 11) e Lagarto (dias 12 e 13). Somente neste último, devem ser visitados cerca de 20 mil imóveis. De acordo com Eraldo Fontes, por onde a brigada itinerante passou, alguns resultados já são perceptíveis. Em Laranjeiras, por exemplo, antes da atuação do grupo, o índice de infestação do mosquito era 5,4% e atualmente está zerado, segundo levantamento da Vigilância Epidemiológica municipal.

O supervisor explica ainda que, como o trabalho é desenvolvido com a colaboração das prefeituras, ao deixar o local, a brigada fornece às secretarias municipais de Saúde o balanço das ações, ou seja, o número exato de casas visitadas e aquelas encontradas fechadas ou que, por algum motivo, os agentes não conseguiram entrar. "Isso é feito para que, após a atuação da brigada, o município dê continuidade às atividades de prevenção à dengue e alcance os imóveis do território em sua totalidade", finaliza Eraldo.

Fonte/ASN

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