Caso Lael: Defesa de Alvaci alega tratamento desigual após prisão domiciliar de Daniele Barreto

Advogados da ré questionam a decisão do STF que beneficiou uma corré e justificam que os mesmos critérios valem para sua cliente

Por Redação do Portal A8SE 07/08/2025 17h46
Caso Lael: Defesa de Alvaci alega tratamento desigual após prisão domiciliar de Daniele Barreto
Foto: Reprodução

A defesa de Alvaci Feitoza Santos, ré no caso que investiga a morte do advogado Lael Rodrigues Júnior em Sergipe, divulgou uma nota manifestando-se sobre a concessão de prisão domiciliar à outra acusada.

Na nota, a defesa de Alvaci destaca que uma das acusadas no processo obteve uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), tirando-a do presídio. A referência é à médica Daniele Barreto, que cumpre a prisão em regime domiciliar desde 15 de maio de 2025.

De acordo com a nota, a análise do Tribunal Superior utilizou uma fundamentação que também se aplica a Alvaci, conforme consta no processo. "No entanto, apesar de estar na mesma condição processual, sem antecedentes criminais e com todos os requisitos legais para responder ao processo, Alvaci teve dois pedidos negados pela Justiça sergipana para ter o mesmo direito reconhecido", explicou a defesa.

Entenda o caso

Na noite de 18 de outubro de 2024, Lael Rodrigues Júnior foi assassinado em uma emboscada ao sair para comprar açaí na zona sul de Aracaju. Na ocasião, o filho da vítima estava no carro e também foi atingido. Ele passou por cirurgia e seu quadro de saúde é estável.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o crime teria sido planejado por Daniele Barreto com o auxílio da amiga Alvaci Feitoza. A motivação envolveria desconfianças de Lael sobre o comportamento da esposa, além de supostas disputas patrimoniais ligadas a um possível processo de separação.

Em março de 2025, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar a Daniele Barreto. A decisão levou em consideração vídeos e documentos que indicariam agressões físicas, psicológicas e sexuais praticadas por Lael, além de preocupações com o bem-estar do filho do casal, de 10 anos.

Além de Alvaci e Daniele, outras cinco pessoas foram indiciadas por participação no crime.

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