Briga entre traficantes deixa clima de guerra em Laranjeiras
Moradores do município de Laranjeiras viveram cenas de guerra neste final de semana. A cidade se transformou em palco de briga entre gangues rivais pelo domínio do tráfico de drogas. Em plena via pública, traficantes trocaram tiros, causando pânico e correria. A disputa pelo domínio dos pontos de venda de crack na região é motivo de rivalidade que vem fazendo da população refém.
"Foram momentos de horror. Todos estão assustados, pois diante da fragilidade da polícia, os traficantes estão dominando a cidade", disse um aposentado que preferiu não se identificar. O comerciante, Jose Bonifácio da Cruz afirma que seu estabelecimento comercial já foi arrombado por duas vezes e ele já foi assaltado uma vez. Essa violência vem crescendo porque existem muitos viciados no município. Para manter o vício, eles roubam, furtam e matam. É uma questão que está além da ação policial", disse.
O delegado da Cidade, Hugo Leonardo, admite que a situação foge do controle, principalmente pela falta de estrutura da polícia. Além de não ter viaturas, a delegacia está interditada e o número de policiais é mínimo para garantir a segurança da população. São apenas dois policiais por turno, confirma o delegado.
Ele explica que o avanço da venda de crack deve-se, principalmente ao foto de Laranjeiras está bem próxima a capital sergipana. "A cidade faz parte da Grande Aracaju, uma região onde o avanço das drogas vem crescendo de forma veloz.
De acordo com a polícia, os crimes decorrentes de dívidas entre dependentes e traficantes foram responsáveis por dezenas de assassinatos. Não há um número oficial sobre o fato, mas as autoridades admitem que este é um dos principais motivadores das execuções sumárias ou ´execuções extra-judiciais´.
O tráfico ´formiguinha´, aquele em que os criminosos escoam a droga de forma diluída, em pequenas quantidades, para não chamar a atenção da Polícia, é uma das maiores preocupações das autoridades. Nesse tipo de tráfico geralmente adolescentes e até crianças atuam como ´aviões´, alerta o delegado Hugo Leonardo.
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