Aracajuanos vão pagar mais caro por passagem de ônibus

30/09/2015 18h59
Aracajuanos vão pagar mais caro por passagem de ônibus
A8SE

Os aracajuanos começam o ano de 2009 com a perspectiva de um novo reajuste na tarifa do transporte coletivo. Já está em poder da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), a planilha de custos enviada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), que solicita o reajuste de 20%. Com esse percentual, a passagem que hoje custa R$ 1,75 passará para R$ 2, 10, o que corresponde a 0,35 a mais para os usuários.

O valor sugerido pelo Setransp baseia-se na lei número 1.765 de 10 de dezembro de 1991, a qual versa sobre a planilha de custo para o cálculo da tarifa do sistema de transporte coletivo do município de Aracaju. A proposta de reajuste ainda considera que no mês de março de 2009 ocorrerá a discussão do acordo coletivo dos rodoviários. De acordo com a assessoria do Setransp, na mesma ocasião, este ano, os empresários concederam reajuste salarial de 5% e 18,86% no tíquete-alimentação à categoria, sem que esses valores tivessem sido contemplados no aumento da passagem, que passou de R$ 1,65 para R$ 1,75 e não R$ 1, 95, como pretendia a classe empresarial. A população considerou alto o reajuste proposto pelo Setransp. Para a vendedora Kátia Santos, o aumento na tarifa vai pesar no bolso. Hoje ela gasta mensalmente R$ 140 reais de transporte, se o reajuste for aprovado, ela passará a desembolsar R$ 168.  “Para quem recebe um salário mínimo por mês, o aumento proposto pelas empresas vai exigir do trabalhador malabarismo e até milagres, pois vai restar apenas R$ 247 para cobrir todas as demais despesas”, alerta Kátia. É importante ressaltar que a passagem representa a única forma de custeio do sistema de transporte coletivo na capital sergipana, que é 100% integrado. Ou seja, o usuário pode, nos terminais de integração, trocar de ônibus quantas vezes necessitar e ir, de um ponto a outro da cidade, pagando apenas uma passagem. Sem uma tarifa justa, todo o funcionamento do sistema fica comprometido e são os passageiros os maiores sacrificados, enfatiza a assessoria do Setransp.

 

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