Após corpo ser encontrado, família de mulher trans alega demora do IML para identificação da jovem

Por Redação Portal A8SE 18/04/2022 18h42

Após o desaparecimento de Amani Frieden desde o último dia 03, a Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (18) que o corpo da jovem de 18 anos foi encontrado. Ela foi achada sem vida no último dia 05 de abril, no entanto, ainda não tinha sido feita a identificação do corpo. A família alega negligência por parte do Instituto Médico Legal para o processo.

Segundo a mãe de Amani, Milena Calazans, a família entrou em contato com o IML por diversos dias, inclusive no dia 05 de abril, pois foi anunciado que um corpo tinha sido encontrado no bairro Coroa do Meio, mas funcionários da instituição teriam descartado a possiblidade de ser a jovem.

“Liguei no dia do desaparecimento, no dia seguinte, no dia que o corpo foi encontrado. [...] fiquei sabendo que acharam um corpo, veio aquele pressentimento, mas disseram ‘o corpo que está aqui é de um homem branco e a família já fez a identificação’, eles me falaram isso”, detalha Milena.

Durante esses dias, os parentes continuaram a buscar pela mulher e só ficaram sabendo da morte de Amani após a divulgação das notícias. “Fiquei sabendo em um anúncio, soube pela imprensa”, diz.

Buscamos o IML, que nos enviou uma nota. Confira na íntegra:

“O Instituto Médico Legal (IML) informa que não existe no órgão protocolo de reconhecimento de corpos por telefone, mas tão somente de identificação que obedece à seguinte ordem: Papiloscopia, Odontologia Forense, Antropologia Forense e exame de DNA.

No caso da jovem trans Amani, a identificação foi possível com uso da Papiloscopia. Foi feito todo o procedimento, com os recursos disponíveis e junto à investigação, houve a informação conclusiva sobre a identificação da vítima.”.

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