Agricultores sergipanos optam pela agricultura orgânica

Trabalhadores rurais que antes cultivavam produtos à base de agrotóxicos estão abolindo essa prática

30/09/2015 19h45
Agricultores sergipanos optam pela agricultura orgânica
A8SE

A preocupação com alimentação saudável já chegou aos agricultores sergipanos, nas cidades de Malhador e Riachuelo no Perímetro Irrigado Jacarecica 2.Os trabalhadores rurais que antes trabalhavam com produções à base de agrotóxicos estão plantando atualmente vários cultivos de forma natural, sem fertilizantes químicos ou qualquer tipo de veneno.

Segundo Nivaldo de Freitas Souza, que trabalha com o sogro no perímetro há dois anos, as hortaliças produzidas nestas condições crescem em um solo cheio de vida. "O veneno usado na hora de plantar faz mal para o alimento e para a terra. Já trabalhei em outros lugares aqui na cidade mexendo com veneno e sei como é", diz o agricultor.

O produtor destaca que com a nova forma de plantio, as substâncias tóxicas foram substituídas por leguminosas, estercos de animais, resíduos orgânicos e minerais naturais. Com essa mudança, além de obter vegetais com um alto valor nutritivo e em proporções equilibradas pela natureza, ele ainda consegue oferecer um sortimento satisfatório e de boa qualidade para o consumidor.

O perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

Iniciativa

A cultura orgânica surgiu no perímetro em paralelo à criação da Associação dos Pequenos e Médios Empreendedores Rurais de Malhador, fundada em 2000, através da iniciativa de alguns agricultores. O objetivo da entidade foi buscar a organização dos pequenos produtores para que conseguissem, de forma legal, a doação de lotes de terra no perímetro e para investir em culturas de mercado como a orgânica.

"Naquela época, fizemos um curso inicial através do Sebrae e depois de seis meses começamos a procurar o lote aqui", relembra o agricultor Dernival Lima de Oliveira, que é associado e já foi tesoureiro da associação. Ele conta que mesmo a entidade sendo legalizada, foi necessário muito esforço e força de vontade por parte dos associados que lutaram durante dois anos até conseguir os 60 hectares de terra dentro do perímetro.

Fonte: ASN

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