Aeroporto de Aracaju não sofre alterações durante paralisação de aeroviários
Na manhã desta quinta-feira (22) os aeroviários fizeram uma paralisação de uma hora, entre às 6h e 7h, em aeroportos de todo o país. Em Sergipe, o aeroporto internacional Santa Maria, não foi afetado com a manifestação.
De acordo com o supervisor interino do aeroporto, Claudenilson Messias, no aeroporto Santa Maria não tem nenhum voo marcado neste horário, por isso nada foi modificado. “A paralisação não atinge Aracaju e nada foi alterado.
Nossos horários de decolagens e aterrisagens não correspondem aos escolhidos para a paralisação. Então, não há nenhum problema aqui”, afirmou o supervisor interino.
Nos demais aeroportos do país a paralisação dos trabalhadores da aviação causou alguns cancelamentos e atrasos em voos, mas logo após às 7h da manhã os trabalhadores voltaram aos seus postos e retomaram o trabalho.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Congonhas registrou 12 voos cancelados e 12 atrasados entre os 37 que estavam previstos desde o início da paralisação até as 8h.
A assembleia dos trabalhadores está marcada para as 15h de hoje. As categorias pedem reajuste de 8,5% nos salários e benefícios, além de reivindicar questões ligadas ao gerenciamento de risco do cansaço dos tripulantes e à segurança de voo.
Segundo decisão do ministro Barros Levenhagen, do Tribunal Superior do Trabalho, os grevistas devem manter, no mínimo, 80% do serviço durante a paralisação, inclusive no horário das 6 às 7h. A multa diária em caso de descumprimento é R$ 100 mil.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) argumenta que a paralisação, durante a alta temporada de viagens, pode trazer prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação para os usuários do transporte aéreo. O Snea sustenta que a paralisação é ilegal por ter sido deflagrada sem o esgotamento das tentativas de negociação.
Entre as reivindicações dos aeroviários estão a criação de piso para agente de check-in, vale-refeição de R$ 16,65 para jornada de trabalho de até seis horas, de R$ 22,71 para os demais, seguro de vida no valor de R$ 20 mil, cesta básica de R$ 326,67, jornada de 36 horas semanais. Os aeronautas pedem a definição de valores para as diárias internacionais, o fim do teto para o vale-alimentação, o pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas, aumento de folgas mensais, a limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, remuneração das horas de solo e o plano de previdência privada.