O caso aconteceu na última terça-feira, dia 20, Joyci Fernandes, que é advogada, relata ter sido barrada no Fórum Desembargador Pedro Barreto de Andrade, em Nossa Senhora do Socorro, por ser preta. A denúncia do racismo surge porque Joyci estava acompanhada de outra colega, que era branca, e não passou pelo mesmo constrangimento.

Segundo Joyci, foram dois momentos de intimidação. O primeiro foi logo na entrada, durante a passagem pelo detector de metais, após a amiga se identificar com advogada, a funcionária teria questionado se ela participaria da audiência, ou seja, como parte envolvida no caso, não como profissional do Direito.

Em seguida, a colega teria conseguido fácil acesso às dependências do fórum, enquanto ela foi abordada por outro funcionário. “Ele me perguntou ‘você é o que?’”, disse.

De acordo com Joyci, que fala emocionada, depois que o caso foi publicado nas redes sociais muitas pessoas chegaram até ela para relatar diversos casos de racismo.

Em nota, o Tribunal de Justiça de Sergipe disse que vai investigar o caso assim que a denúncia seja recebida de “maneira oficial” e que o “Poder Judiciário sergipano repudia qualquer ato ou conduta que sugira ou configure o crime de injúria racial ou racismo”.

“As pessoas precisam compreender que nós pretos podemos ocupar espaços importantes”, explicou a vítima.