O Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen), unidade gerida pela Fundação de Saúde Parreiras Horta (FSPH) por meio do Laboratório de Zoonoses, realiza diagnóstico para leishmaniose e raiva animal, enfermidades que podem ser transmitidas do animal para o homem e vice-versa.

Os cães, caprinos, ovinos, equinos e primatas (macacos) são as espécies mais acometidas pelas duas patologias. A investigação do contágio da leishmaniose visceral é feita por meio da coleta de amostra de sangue realizada pelo médico veterinário, que faz um teste rápido para triagem.

"No caso da amostra apresentar resultado positivo ou duvidoso, o município encaminha o material para o Lacen, que faz o teste pela metodologia de Imunofluorescência, Elisa", explica a biomédica Karine Moura, gerente da Entomologia, Parasitologia e Zoonoses do Lacen.

Para a investigação da raiva animal é necessário a coleta de amostras do sistema nervoso do animal, no caso o cérebro e o cerebelo. Esse material, passa pelo teste de Imunofluorescência direta, depois é submetido à prova biológica, realizada com camundongos no Biotério do Lacen.

"O profissional pega a amostra diluída do cérebro do animal com suspeita de raiva e inocula nos camundongos, que ficam em observação por trinta dias. Durante esse período, é observado se eles desenvolvem ou não, a doença", conclui a gerente.

Análises

De acordo com dados do serviço de Zoonoses do Lacen, em 2022 foram realizados um total 1.235 testes para leishmaniose visceral canina e 12 exames para raiva animal. Em 2023, de janeiro a agosto foram realizados 498 testes para leishmaniose e oito para raiva animal.

Doenças

A leishmaniose visceral canina é uma patologia causada por um protozoário do gênero Leishmania, que acomete os cães, os quais são considerados, no ciclo urbano de transmissão, os principais reservatórios, que podem infectar o homem. A raiva animal é uma infecção viral mortal transmitida para seres humanos a partir da saliva de animais infectados, geralmente por uma mordida.