Suspeito de abusar sexualmente de adolescente em Lagarto é preso enquanto viajava para se casar
Ele era de extrema confiança da família da vítima, além de congregar na mesma igreja
Nesta terça-feira (27) um homem de 33 anos foi preso, suspeito de abusar sexualmente de um adolescente de 14 anos na cidade de Lagarto. As informações passadas pela polícia é que ele era uma pessoa próxima da família e, inclusive, congregava na mesma igreja. As investigações foram conduzidas pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis de Lagarto (DAGV) e a prisão, que aconteceu no Ceará, contou com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar do estado cearense. O inquérito policial segue em andamento e o prazo de conclusão é de 30 dias.
A apuração dos fatos começou após a mãe e a avó prestarem boletim de ocorrência. A denúncia é que os abusos começaram quando o adolescente tinha 13 anos.
“O investigado era de extrema confiança da família e congregava na mesma igreja. Os abusos foram iniciados ano passado. O adolescente foi ouvido na delegacia especializada. Foi colhido o depoimento e a vítima contou detalhes de como o crime teve início, de como foi aliciado e através do que o abusador tentava seduzi-lo para ir até a sua casa. O depoimento foi gravado e disponibilizado à Justiça”, detalhou a delegada.
A prisão aconteceu depois que a equipe descobriu que o investigado estaria a caminho do Ceará, onde iria se casar na próxima quinta-feira. “Conseguimos o mandado de prisão temporária e, através de contatos com a polícia do Ceará, foi realizada a interceptação do ônibus que conduzia o suspeito para Fortaleza. Ele vai ser trazido para Lagarto, onde prestará interrogatório, terá direito à defesa, mas ficará à disposição da Justiça e preso preventivamente até o final das investigações”, salientou.
A vítima passou por perícia do Instituto Médico Legal (IML) e o laudo será juntado ao inquérito policial. Outras provas também foram coletadas pela polícia.
“A Polícia Civil conseguiu coletar diversos elementos de prova. Com relação aos crimes sexuais, o depoimento é considerado em primazia pelo Judiciário, porque são crimes que dificilmente deixam vestígios. Nesse caso, havia várias conversas de WhatsApp e há também fotos que o suspeito mandou para o adolescente", explicou.
A investigação também apura se o crime foi praticado contra outras vítimas. A delegada também pede que familiares estejam sempre atentos ao comportamento das crianças e adolescentes para a identificação de supostos crimes. “É muito importante que os pais, professores e responsáveis tomem coragem para fazer o boletim de ocorrência na delegacia ou ligar anonimamente para o 181 para denunciar esse tipo de crime. É fundamental prestar atenção ao comportamento e trazer o caso para a delegacia, pois conseguimos fazer um depoimento especial com técnicas para chegar à verdade”, orientou Marcela.
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