Sergipe registra 441 crimes de importunação sexual nos últimos dois anos

Por redação Portal A8SE com informações da SSP/SE 01/07/2022 18h32
Sergipe registra 441 crimes de importunação sexual nos últimos dois anos
Foto: Reprodução

No Brasil, os casos de importunação sexual apresentaram um aumento considerável, em Sergipe, o cenário segue a realidade nacional com 411 ocorrências nos últimos dois anos. Os dados são do Anuário Brasileiro da Segurança Pública de 2022, publicação feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O levantamento registrou em 2020, 187 ocorrências. Em 2021, esse número aumentou para 254 casos. Com o aumento de 67 casos em relação ao ano passado, a taxa por 100 mil habitantes em Sergipe passou para 34,7.   

“É a prática de ato libidinoso contra a vontade de uma pessoa. Antes o que existia era uma contravenção penal com multa. Agora há uma pena de reclusão de um a cinco anos”, explicou a delegada Marcela Souza.

Segundo a delegada, as condutas sem o consentimento da vítima são consideradas crime de importunação sexual. “Qualquer ato libidinoso de aproximação, de um toque na parte íntima de uma mulher, de um avanço na dignidade sexual dela, na liberdade dela, sem a permissão dessa mulher [...] O aumento das denúncias se deve ao fato da mulher estar mais alerta, com as campanhas publicitárias, governamentais e a própria mídia debatendo o tema. As mulheres estão tendo mais coragem de denunciar”, explicou.

O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) que funciona em regime de plantão 24h, em Aracaju. Há ainda delegacias especializadas nas cidades de Barra dos Coqueiros, Estância, Itabaiana, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro, Nossa Senhora da Glória, Propriá e São Cristóvão. As denúncias também podem ser registradas nas delegacias próximas da residência da vítima.

“Qualquer mulher vítima do crime de importunação sexual pode denunciar de forma anônima pelo 181, pelo 190 ou pelo 180. A mulher também pode procurar a delegacia mais próxima de sua casa, contar o que aconteceu e fazer o boletim de ocorrência”, orientou.

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