Operação Locare: Polícia Civil investiga esquema de fraude em licitações e peculato em Sergipe
Investigação envolve empresas do ramo de locação de veículos foram favorecidas
Na manhã desta terça-feira (17), a Polícia Civil de Sergipe, por meio do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), deflagrou a Operação Locare, que investiga um esquema criminoso envolvendo contratos de locação de veículos.
A ação foi desencadeada após a Justiça autorizar medidas de busca e apreensão em endereços nos municípios de Salgado e Aracaju, com o intuito de reunir provas para um inquérito policial que apura fraudes em licitações, peculato e associação criminosa.
O esquema, que teria favorecido empresas de locação de veículos, envolve suspeitas de procedimentos licitatórios fraudulentos e contratos superfaturados. As empresas investigadas celebraram contratos milionários com o município de Salgado, que, de acordo com a denúncia, não foram executados de forma integral, causando prejuízos a recursos financeiros públicos.
Uma das empresas foi beneficiada com contratos que somam R$ 3 milhões entre 2021 e 2024. Investigações revelam que ex-sócios dessas empresas atualmente ocupam cargos comissionados estratégicos na gestão municipal, inclusive como secretários.
Os investigadores utilizaram diversas fontes para apurar as irregularidades, como bancos de dados e portais da transparência. As empresas investigadas, além de terem vínculos com os gestores municipais, participaram de licitações simultâneas, o que caracteriza possível fraude. Nos anos de 2021 e 2022, essas empresas teriam recebido cerca de R$ 6 milhões em pagamentos relacionados à locação de veículos e manutenção de frotas.
A medida cautelar foi considerada imprescindível para evitar que provas sejam extraviadas ou destruídas, uma vez que os investigados possuem vínculos diretos com a administração municipal, facilitando manobras para camuflar evidências.
A Operação Locare continua em andamento e novas diligências devem ser realizadas para aprofundar a investigação.
Fonte: SSP/SE
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