Corpo encontrado dentro de mala na geladeira de apartamento é de advogado e jornalista gaúcho, diz Polícia Civil de Sergipe

Por Redação do Portal A8SE 28/09/2023 09h29
Corpo encontrado dentro de mala na geladeira de apartamento é de advogado e jornalista gaúcho, diz Polícia Civil de Sergipe

O corpo encontrado dentro de uma mala na geladeira de um apartamento localizado no Bairro Suíssa, Zona Sul de Aracaju, é do advogado, jornalista e radialista gaúcho Celso Adão Portella. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP) durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (28).

Segundo a SSP, a identificação foi realizada através de informações de prontuários clínicos e hospitalares, uma prótese da vítima e documentos pessoais encontrados no imóvel. Além disso, três filhos dele prestaram depoimento, comprovando as suspeitas iniciais.

A causa da morte ainda está sendo investigada pelo Instituto Médico Legal, mas não houve desmembramento ou esquartejamento do corpo, que estava em estado de semi-esqueletização. Há suspeita de utilização de um método químico para conservação ao longo dos anos.

Temos todos os elementos para avançar na conclusão do inquérito policial. O HCTP vai encaminhar laudo mais conclusivo em 45 dias para Justiça, mas o inquérito será remetido o quanto antes. Vamos aguardar a reunião de mais alguns elementos para encaminhar o inquérito para esclarecer por completo todas as circunstâncias do fato.

explica o delegado Tarcísio Tenório.

Celso Adão Portella teria 80 anos se estivesse vivo e é natural da cidade de Ijuí, no Norte do Rio Grande do Sul, mas construiu a vida em Porto Alegre. Em 2001, ele foi morar no Espírito Santo após falecimento da mãe e perdeu contato com familiares. O profissional tem 11 irmãos e deixou quatro filhos no Rio Grande do Sul.
Posteriormente, o advogado recebeu convite para dar aulas em uma universidade particular e veio para Sergipe.

Ele recebeu aposentadoria até 2019 pelo INSS. Estamos tentando receber informações das instituições financeiras, para saber se houve saque ou não.

disse o delegado Tarcísio Tenório.

Relembre o caso

O corpo estava em avançado estado de decomposição e foi descoberto por oficiais de justiça durante uma ação de despejo no último dia 20 de setembro. Uma técnica de enfermagem, de 37 anos, foi indiciada por ocultação do cadáver e teve prisão preventiva decretada.

Na ocasião, a mulher foi encontrada em um dos cômodos, desacordada e sangrando. Ela teria atentado contra própria vida após saber que seria despejada.

Em depoimento, a profissional afirmou que era companheira da vítima e confessou que havia o encontrado morto ao retornar do trabalho em 2016. Ela, então, colocou o corpo em posição fetal dentro da mala e escondeu na geladeira por medo do que pensariam, mas negou qualquer envolvimento com sua morte.

No apartamento, também estava a filha dela, de 4 anos, que não tem registro de genitor e foi retirada pelo Conselho Tutelar, sendo acolhida por familiares. A mãe informou que o pai reside no exterior.

A profissional da saúde também responde pela prática de maus-tratos contra a criança, uma vez que o apartamento estava em situação de insalubridade, com lixo e entulhos espalhados.

Por conta da necessidade de estabilização, a suspeita foi encaminhada ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Sergipe, onde segue à disposição da justiça.

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