Caso Genivaldo: peritos da Polícia Federal de Brasília já estão em Sergipe
Foi confirmada neste sábado (28) a informação que quatro peritos do Instituto Nacional de Criminalística, da Diretoria Técnica Científica da Polícia Federal, em Brasília, já chegaram a Sergipe para realizar o levantamento de provas em relação ao caso Genivaldo. Eles estão no estado sergipano desde ontem (27).
De acordo com a assessoria da Polícia Federal, eles já fizeram vistoria no veículo usado na abordagem contra Genivaldo, e hoje pela manhã vão a Umbaúba para analisar o local onde tudo aconteceu.
Dos quatro peritos, um deles é médico. O prazo para conclusão da perícia é de 30 dias a partir da data de instauração do inquérito, que foi na última quinta-feira (26).
Nomes de policiais envolvidos em abordagem que vitimou Genivaldo são divulgados
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os peritos criminais e médico legista tiveram acesso aos exames realizados no interior do IML e os procedimentos adotados imediatamente para a coleta de material biológico, que foi encaminhado para trabalhos complementares no Instituto de Análise e Pesquisas Forenses (IAPF).
No atendimento feito pelas equipes de Sergipe, Genivaldo chegou às 18h20 da quarta-feira (25), tendo início o processo de identificação por meio da papiloscopia e em seguida encaminhado para o exame de necrópsia.
"Os primeiros trabalhos periciais em Sergipe neste caso foi possível através de um termo de cooperação existente entre a SSP e a Polícia Federal. O IML detalhou na última quarta-feira (25) que foi realizada a necrópsia médico forense, sendo coletadas amostras de material biológico. O material foi encaminhado ao Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) para elucidar a causa imediata da morte. Foi identificado de forma preliminar que a vítima teve como causa da morte insuficiência aguda secundária a asfixia. [...] nesse primeiro momento não foi possível estabelecer a causa imediata da asfixia, nem como ela ocorreu. Os laudos serão concluídos e encaminhados para a autoridade policial responsáveis", disse a SSP/SE.
Relembre o caso
Genivaldo de Jesus estava em uma moto quando foi abordado pela PRF. Em vídeos gravados por testemunhas é possível ver que ele é imobilizado no chão pelos agentes, em seguida, colocado no porta-malas da viatura, onde foi liberado um tipo de gás.
Segundo familiares, ele tinha esquizofrenia e os policiais tinham sido avisados pelos populares que Genivaldo sofria com problemas mentais e que poderia morrer se permanecesse dentro do veículo. Mesmo assim, a ação continuou.
Em nota, no dia do fato, a PRF disse que "em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção e o indivíduo foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil em Umbaúba. Durante o deslocamento, o abordado veio a passar mal e foi socorrido de imediato ao Hospital José Nailson Moura, onde posteriormente foi atendido e constatado o óbito". No entanto, a família diz que ele chegou à unidade hospitalar já sem vida.
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