Vaticano reforça monogamia e critica poligamia e poliamor em nova nota doutrinária

Documento publicado nesta semana define casamento como união exclusiva e indissolúvel

Por Redação do Portal A8SE, com informações do Vatican News 27/11/2025 10h53
Vaticano reforça monogamia e critica poligamia e poliamor em nova nota doutrinária
Foto: Reprodução Internet

O Vaticano publicou nesta semana uma nota doutrinária que reafirma a monogamia como condição essencial do matrimônio católico e critica tanto a poligamia (ainda presente em algumas regiões da África), quanto as formas contemporâneas de relações não monogâmicas, frequentemente chamadas de “poliamor”.

Segundo o texto, o matrimônio é descrito como uma “união exclusiva e de pertença mútua”, cujos valores teológicos, antropológicos e sociais sustentam a exigência de exclusividade entre cônjuges. A nota trata a monogamia não apenas como uma regra contrastante à poligamia, mas como um projeto positivo que dá sentido à fecundidade afetiva e social do casamento.

A publicação responde, em parte, a solicitações de bispos africanos que pediram orientações pastorais diante da convivência de fiéis convertidos ao catolicismo que vivem em arranjos poligâmicos.

Além da poligamia, a nota critica as “formas públicas de uniões não monogâmicas, que têm ganhado espaço em sociedades ocidentais. O texto afirma que tanto a prática poligâmica quanto a cultura do poliamor podem basear-se numa ilusão: a ideia de que a intensidade afetiva se multiplica com o número de parceiros, quando, segundo a nota, essa lógica tende a dispersar a unidade e a responsabilidade afetiva que fundamentam o matrimônio cristão.

Críticas e questionamentos não demoraram a aparecer. Alguns comentaristas apontam que a nota pode dificultar o acompanhamento pastoral em contextos culturais onde a poligamia é prática socialmente enraizada; outros dizem que a ênfase doutrinal era prevista e necessária para esclarecer posições frente a novas configurações afetivas.

Analistas também observam que a divulgação do texto ocorre após discussões internas do Vaticano sobre família e sexualidade nos últimos anos, e será seguramente objeto de debate em conferências episcopais regionais.

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