UE assina acordo sobre monitoração de gás com Rússia

Com acordo assinado por todas as partes, previsão é de que gás volte a fluir para a Europa nesta terça-feira

30/09/2015 19h01
UE assina acordo sobre monitoração de gás com Rússia
A8SE

 

Infográfico (AE)

A Comissão Europeia assinou um acordo sobre a monitoração do trânsito de gás da Rússia para a Europa via Ucrânia, informou o enviado russo para a UE Vladimir Chizhov, segundo a agência de notícias Interfax. O acordo, já assinado pela Ucrânia, era uma condição que a Rússia havia colocado para retomar o envio de gás para a Europa pelo país.

 

A presidência tcheca da União Europeia e a estatal russa Gazprom disseram que Kiev assinou o acordo sem condições. "Não há mais motivo para que a Rússia não retome o abastecimento", disse o ministro da Indústria tcheco, Martin Riman.

Agora, todas as partes envolvidas já assinaram o acordo, segundo o presidente da Gazprom, Alexander Medvedev. "O documento foi finalmente assinado", afirmou em entrevista em Bruxelas. "Se tudo correr bem, é provável que comecemos a bombear gás novamente em breve."

Segundo o comissário de Energia da UE, Andis Piebalgs, o gás pode começar a fluir a partir das 5 horas (de Brasília) desta terça-feira, 13.

Esse conflito energético já é avaliado como o mais grave da história da União Europeia. Desde 1º de janeiro, mais de uma dezena de países foram prejudicados com a falta de gás. Bulgária, Eslováquia e Croácia estão em situação de emergência e ainda enfrentam um inverno rigoroso neste ano.

A disputa foi iniciada depois que Rússia e Ucrânia não chegaram a um acordo sobre os preços do gás neste ano. O continente depende da Rússia para um quarto de suas necessidades. Oitenta por cento do gás russo chega à Europa através de gasodutos que cortam a Ucrânia.

O leste e o centro da Europa foram os mais prejudicados pela disputa, que provocou o fechamento de fábricas e deixou dezenas de milhares de residências amargando temperaturas abaixo de zero, sem o aquecimento gerado pelo gás. A interrupção no fornecimento afetou 18 países.

Fonte: Estadão

 

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