Rússia teme guerra nuclear entre as Coreias, diz agência

A Rússia está tomando medidas preventivas de segurança devido à preocupação com uma guerra nuclear entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, em sua fronteira oriental, disse uma fonte oficial a agências de notícias Interfax, nesta quarta-feira. A informação não foi confirmada por Moscou.
Moscou teme que as ações provocativas de Pyongyang, que encerrou o armistício de 1953 entre as duas Coreias e ameaçou atacar Seul nesta quarta-feira, acabe em uma guerra nuclear que pode facilmente afetar seu território.
Uma fonte não-identificada de segurança disse à Interfax que a tensão na península da Coreia poderia atingir as regiões mais a leste do país, onde a Rússia tem uma pequena fronteira com a Coreia do Norte.
"Surgiu a necessidade de um pacote apropriado de medidas preventivas", disse a fonte. "Não estamos falando em ampliar esforços militares, e sim de medidas caso um conflito militar, talvez com o uso de armas nucleares, exploda na península da Coreia."
A Coreia do Norte iniciou uma escalada de tensão nesta segunda-feira (25), ao anunciar que realizou "com sucesso" um teste nuclear --considerado violação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2006, decretada após o primeiro teste nuclear do regime comunista.
Desde então, Pyongyang reagiu à condenação internacional e à ameaça de novas sanções da ONU lançando seis mísseis em três dias e dizendo que não se considera mais obrigada a cumprir o armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953).
Uma fonte da chancelaria russa disse à agência Itar-Tass que é preciso tomar cuidado para que a "guerra de nervos" não leve a um conflito armado, numa clara referência à decisão de Pyongyang de abandonar o armistício.
"Pressupomos que uma perigosa política à beira do abismo, uma guerra de nervos, está em andamento, mas que não irá crescer para uma guerra "quente"", disse a fonte à Tass. "É preciso moderação."
A chancelaria russa costuma usar declarações de fontes não-identificadas, passadas a agências oficiais de notícias, para divulgar suas posições a respeito de assuntos delicados.
Veto
O presidente Dmitry Medvedev condenou o teste nuclear norte-coreano, mas sua chancelaria alertou a comunidade internacional a não tomar decisões apressadas. A Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, que está discutindo uma resolução a respeito da situação na península da Coreia.
No passado, Moscou relutava em aceitar as propostas ocidentais por novas sanções. Mas funcionários russos na ONU têm dito que desta vez a autoridade do Conselho está em xeque.
"Não podemos dar cobertura para quaisquer sanções que levem à desestabilização do regime de não-proliferação", disse uma fonte da chancelaria à Interfax.
Tal fonte deixou claro que a Rússia ainda não se decidiu sobre como votar na ONU. "Não devemos subscrever qualquer opção específica de antemão", afirmou.
Porém, a fonte que falou à Tass sugeriu que a Rússia poderia apoiar novas sanções. "A resolução deve envolver medidas como sanções", disse. "O Conselho de Segurança da ONU está envolvido em um trabalho duro."
Fonte: Reuters
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