Rússia suspende plano de instalar mísseis em Kaliningrado
A medida pode demonstrar que Moscou estendeu as mãos para o novo presidente americano, Barack Obama, depois das conturbadas relações com George W. Bush.
A Rússia anunciou nesta quarta-feira, 28, que suspendeu o posicionamento de mísseis táticos no enclave de Kaliningrado, congelando seu plano para retaliar a proposta americana de instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu. A medida pode demonstrar que Moscou estendeu as mãos para o novo presidente americano, Barack Obama, depois das conturbadas relações com George W. Bush.
Segundo Estado-Maior Geral das Forças Armadas, "a realização desse projeto foi suspensa já que o novo governo americano não reforça os planos de colocar elementos de seu escudo antimísseis na Polônia e na República Tcheca", assinalou um porta-voz citado pela agência de notícias local Interfax. Segundo ele, a "Rússia não tem necessidade de colocar foguetes táticos Iskander se os Estados Unidos não puserem elementos de seu escudo antimísseis na Europa Oriental".
Em novembro do ano passado, o presidente russo, Dmitri Medvedev, advertiu que a Rússia colocaria foguetes Iskander em Kaliningrado em resposta à instalação do escudo antimísseis dos EUA no leste europeu. "Para poder neutralizar, em caso de necessidade, o sistema de defesa contra mísseis, na região de Kaliningrado será desdobrado o sistema de foguetes Iskander", declarou Medvedev em sua primeira mensagem anual sobre o estado da nação perante o Parlamento. Os sistemas móveis Iskander são dotados de foguetes táticos com um alcance de entre 50 e 300 quilômetros e que podem levar vários tipos de cargas de até 480 quilos.
Obama conversou com Medvedev por telefone na segunda-feira, seu primeiro contato desde a posse, e ambos concordaram em manter o melhor aproveitamento do potencial das relações bilaterais, segundo afirmou a Casa Branca. A administração Bush provocou atritos com o Kremlin ao anunciar seu projeto para instalar um interceptor de mísseis na Polônia e um radar na República Tcheca. O sistema, segundo defendia o antecessor de Obama, era necessário para proteger os EUA de eventuais ataques com mísseis de "Estados hostis", como Irã e Coreia do Norte.
Autoridades americanas afirmam que Obama deve rever o projeto, de forma a avaliar os custos e o progresso das pesquisas, mas não forneceu qualquer indício de que cancelará o programa. O plano, no entanto, desagrada a Rússia, que vê como uma ameaça a expansão militar norte-americana perto de suas fronteiras.
Fonte: Estadão
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