Presidente somali declara estado de emergência

Chefe de Estado afirma que "forças estão em alerta completo" e pede ajuda a nações vizinhas

30/09/2015 19h33
Presidente somali declara estado de emergência
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Militantes do grupo islâmico Al-Shabbab patrulham Mogadíscio (Reuters)

O presidente da Somália, xeque Sharif Sheik Ahmed, declarou estado de emergência no país nesta segunda-feira, 22. O frágil governo de Ahmed, apoiado pelas Nações Unidas, luta com dificuldades contra uma forte insurgência islâmica. Ahmed disse que a medida significa que "as forças estão em alerta completo". Não se sabe quais serão as mudanças práticas, por causa do anúncio. O governo somali sofre ataques de militantes que querem derrubar o regime e instalar um Estado islâmico rígido. Houve um forte aumento da violência nas últimas semanas, que segundo diplomatas ocorre pois os rebeldes tentam expulsar as forças oficiais de pontos estratégicos em Mogadiscio. Quase 200 pessoas morreram nesses confrontos. Na semana passada, o ministro da Segurança Nacional e o chefe da polícia da capital estavam entre os mortos. O ministro da Defesa somali se reuniria com seu colega francês, em Paris, mas voltou à Somália por causa da instabilidade. Parlamentares somalis pediram no fim de semana intervenção internacional imediata de países como Quênia, Etiópia e Djibuti, para enfrentar a insurgência. Porém não havia anúncios dessas nações sobre reforços. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que quase 126 mil pessoas fugiram de suas casas, desde 7 de maio, por causa da violência. A ONU estima que 3,2 milhões de somalis, quase a metade da população do país, precisam de comida e de outras formas de auxílio humanitário. O país não tem um governo de fato desde 1991, quando o fim de uma ditadura levou o caos à Somália.

Fonte: Estadão

 

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