O presidente russo, Dimitri Medvedev, cancelou neste domingo o acordo firmado com a União Europeia e a Ucrânia sobre o envio de observadores para acompanhar a distribuição de gás russo para a Europa. A medida fez o governo de Kiev recuar na questão que criou o impasse, o que pode interromper novamente o fornecimento.
Medvedev disse que a decisão foi provocada por um adendo feito pelo lado ucraniano no documento declarando não ter dívida com a companhia russa de gás Gazprom e rejeitando as acusações de roubo de gás.
"Penso que quem assinou este documento e acrescentou reservas sabe das consequências legais de suas ações", disse Medvedev na TV. "Assim, somos obrigados a considerar este documento nulo e sem valor para nós. Não aplicaremos isto enquanto o adendo não for retirado" pela parte ucraniana.
A primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, havia assinado neste domingo o protocolo sobre a comissão de controle do trânsito de gás russo por território ucraniano, já ratificado na tarde do sábado (10) por Rússia e União Europeia.
O premiê russo, Vladimir Putin, telefonou ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para denunciar a "inadmissível" atitude de Kiev de emendar o acordo por conta própria. Segundo a Rússia, o adendo foi feito à mão sobre o documento oficial.
Após conversar com Putin, o presidente da Comissão Europeia telefonou à primeira-ministra ucraniana, Yulia Timochenko, que autorizou a retirada do adendo feito pelos ucranianos. Segundo Durão Barroso, um novo documento deverá ser firmado pelas partes.
"A Ucrânia não tem qualquer dívida com a Gazprom e já resolveu todos os assuntos financeiros referentes ao gás consumido", destacava o manuscrito.
Impasse
O envio de observadores europeus para verificar o trânsito de gás pela Ucrânia é uma exigência fundamental de Moscou, que acusa Kiev de desviar o produto para o próprio consumo.
O acordo tinha sido firmado na véspera, após gestões diretas do primeiro-ministro tcheco, Mirek Topolanek, cujo país ocupa a presidência rotativa da União Europeia.
Topolanek foi pessoalmente à Rússia para conversar com Putin, visando à rápida retomada do fornecimento do gás russo a vários países europeus, interrompido há dias devido ao conflito entre Moscou e Kiev.
Na ocasião, Putin advertiu que a retomada do fornecimento poderia ser suspensa se Moscou constatasse novos "roubos" de gás no trajeto pela Ucrânia.
"Quando o mecanismo de controle entrar em vigor, abriremos imediatamente o gás, mas olharemos quanto gás entra no território ucraniano e quanto gás sai. Se constatarmos roubos e se parte do gás se perder, reduziremos novamente os fornecimentos na mesma quantidade", disse Putin no sábado.
O forte inverno que atinge a Europa torna a questão do fornecimento do gás russo, utilizado em calefação, fundamental para alguns países da UE.
Fonte: Folha OnLine
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