OMS confirma 985 casos de gripe A (H1N1) no mundo

30/09/2015 19h10

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou na manhã desta segunda-feira um novo balanço dos casos de gripe A (H1N1) --antes chamada de gripe suína-- no mundo.
Segundo a organização, 20 países comunicaram oficialmente 985 casos confirmados da doença.

No México, país mais afetado pela gripe, 590 casos da doença foram confirmados, dos quais 25 resultaram na morte dos pacientes. Nos Estados Unidos, segundo país do mundo em número de casos, 226 pessoas tiveram testes com resultado positivo para o A (H1N1), com uma morte.

Outros países com casos confirmados da doença, sem nenhuma morte, são: Canadá (85), Espanha (40), Reino Unido (15), Alemanha (8), Nova Zelândia (4), Israel (3), El Salvador (2), França (2), Áustria (1), China (1, em Hong Kong), Colômbia (1), Coreia do Sul (1), Costa Rica (1), Dinamarca (1), Irlanda (1), Itália (1), Holanda (1) e Suíça (1).

A OMS reafirma que não há motivos para restrições de viagens e fechamentos de fronteiras --apenas diz que é "prudente que quem apresente sintomas da doença considere" adiar a viagem. O comunicado da organização diz ainda, mais uma vez, que não há risco de infecção ao comer carne de porco cozida.

Atritos

O México enviará um avião à China para buscar seus cidadãos depois de o país asiático deixar mais de 70 mexicanos isolados em uma medida de combate à gripe A (H1N1) --antes chamada de gripe suína-- que gerou protestos do governo mexicano. Os isolados não apresentavam sintomas da doença.

Uma nota do Ministério das Relações Exteriores mexicano afirmou que programou um avião fretado da companhia Aeroméxico para partir à China nas próximas horas, fazendo escala em várias cidades, para levar de volta qualquer mexicano que quisesse retornar ao seu país.

Nesta segunda, a China negou que estivesse discriminando cidadãos mexicanos, mas não deu mais explicações sobre as 70 pessoas isoladas.

O México é o país mais atingido pela gripe A (H1N1) com 25 mortes provocadas pela doença e 590 pessoas contaminadas pelo novo vírus. Segundo o ministro da Saúde, José Ángel Córdova, o "pico" nacional da doença já passou mas é importante "que os mexicanos não baixem a guarda".

Neste domingo, o governo mexicano começou a divulgar uma série de dicas de prevenção que deverão ser aplicadas em restaurantes e centros de trabalho e no transporte público ao final do feriadão decretado pelas autoridades. As dicas consistem em evitar o contato direto entre pessoas, aglomerações, lavar as mãos e manter a higiene em geral, basicamente.

No Brasil, não há casos confirmados da doença. Quinze suspeitos, entretanto, são investigados em São Paulo (6), Rio (3), Minas (3), Mato Grosso do Sul (1), Espírito Santo (1) e Distrito Federal (1).

Calma

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) também foi a público neste domingo afirmar que a epidemia de gripe suína não é mais tão ruim quanto parecia. "Constatamos sinais alentadores", disse o diretor dos CDC, Richard Besser, durante entrevista ao canal de TV Fox.

"Devemos colocar as coisas em perspectiva. A gripe sazonal que nos afeta todos os anos mata 36 mil pessoas nos EUA. [...] No caso da gripe suína A (H1N1), é alentador constatar que este vírus atualmente não parece mais severo que uma cepa de gripe sazonal."

"Não constatamos ainda uma transmissão sustentável fora do continente americano", disse Michael Ryan, diretor da Rede Mundial de Alerta e Ação em Epidemia (GOARN) da OMS.

Fonte: Estadão

 

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