"Nunca iremos copiar modelo ocidental", diz presidente da China

Em discurso que marca o aniversário de 30 anos das reformas que modernizaram a economia da China, o presidente Hu Jintao afirmou, nesta quinta-feira, que o país não adotará o modelo político ocidental.
"Precisamos aprender com os bons frutos das conquistas políticas da humanidade, mas nós nunca vamos copiar o modelo político ocidental", afirmou Hu na Grande Assembléia do Povo, prédio em Pequim que serve como sede para os encontros deliberativos do governo.
O discurso teve uma hora e meia de duração e foi assistido por 6.000 líderes do Partido Comunista e militares presentes na capital. Milhões de chineses também puderam acompanhar a mensagem que foi transmitida ao vivo pela televisão estatal.
No discurso, Hu enfatizou que é fundamental que a China continue se modernizando para manter-se bem, principalmente frente à atual crise mundial. "Afinal, ficar parados e regressar apenas levará à morte", afirmou o presidente. Entretanto, após três décadas de mudanças econômicas, a questão agora é se Pequim precisa de modernidade política e da adoção de democracia plena.
Pelo discurso de Hu Jintao entende-se que pluralismo partidário e eleições não fazem parte dos planos da liderança comunista. "O caminho do socialismo com características chinesas, liderado pelo partido, com suas políticas e teorias, é o correto", declarou Hu.
Reformas
As reformas adotadas em dezembro de 1978 foram capitaneadas por Deng Xiao Ping e levaram a economia do país a uma abertura que gerou um enriquecimento da população nunca antes visto na história da China.
Segundo números citados pelo próprio presidente no discurso, o PIB cresceu na média 9,8% ao longo das últimas três décadas fazendo com que cerca de 240 milhões saíssem da pobreza. Isso é mais do que toda a população do Brasil.
Atualmente, a China disputa com a Alemanha o título de terceira maior economia do mundo, atrás do Japão e dos Estados Unidos, e a renda per capita anual em 2007 foi de 19 mil yuans (US$ 2.760) em contraste com apenas 380 yuans em 1978. O sistema econômico adotado a partir de 78 é chamado de "socialismo com características chinesas".
Na prática, o sistema funciona como o capitalismo nas grandes cidades, mas ainda retém aspectos comunistas nas áreas rurais, como a não existência de propriedade privada. As terras cultiváveis da China pertencem ao governo e são arrendadas aos agricultores, mas estes podem gerir e comercializar a produção como lhes convir.
O dia 18 de dezembro de 1978 é celebrado como o início das reformas, porque foi nesta data que líderes do Partido Comunista se reuniram na Grande Assembléia do Povo para aprovar uma diretriz que dava aos agricultores o direito de gerir as terras como quisessem, o que não era possível durante o regime maoísta.
Apesar das riquezas geradas pela China desde o início das reformas, o país ainda é considerado em desenvolvimento, pois mais de 100 milhões dos 1,3 bilhão de chineses ainda vive com menos de US$ 1 por dia, segundo dados do Banco Mundial.
Fonte: Folha OnLine
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