Milhares passam frio por corte de gás na Europa

30/09/2015 19h00
Milhares passam frio por corte de gás na Europa
A8SE

A disputa entre Rússia e Ucrânia sobre fornecimento de gás para o Leste Europeu deixou centenas de milhares de residências europeias sem aquecimento, em meio ao inverno rigoroso.

Mais de 15 países foram afetados pelo corte no fornecimento do gás da Rússia. Entre os mais prejudicados estão Sérvia e Bósnia-Herzegovina.

A Rússia cortou o fornecimento de gás há uma semana, agravando uma disputa surgida por suposta falta de pagamento de contas pelo governo ucraniano.

Segundo a correspondente da BBC em Belgrado, Helen Fawkes, pelo menos oito cidades ficaram completamente sem gás no país, deixando cerca de 100 mil pessoas sem calefação.

A maioria das estações que fornecem aquecimento às residências trocou o gás por fontes de energia alternativas. Outras, que operam apenas com gás, tiveram de ser fechadas por causa do corte.

A Sérvia é praticamente dependente do gás russo e recebeu um fornecimento de emergência vindo da Hungria e da Alemanha para tentar amenizar o impacto da paralisação do fornecimento.

Bósnia

Na Bósnia, cerca de 72 mil residências ficaram sem calefação, com temperaturas que atingiram -15º C. Segundo as autoridades locais, as reservas de gás do país devem durar apenas alguns dias.

O primeiro-ministro, Nicola Spiric, afirmou que a situação do aquecimento no país é pior do que a registrada durante o conflito da década de 90. Segundo ele, a Bósnia pode enfrentar uma crise humana em breve.

A Rússia é responsável por cerca de 25% do gás consumido na União Europeia. Desse total, aproximadamente 80% é distribuído por meio de gasodutos ucranianos.

Outros países da União Europeia respondem por 40% do fornecimento para os países do bloco, enquanto a Noruega é responsável por 16,7% e a Argélia por 10,9%.

Disputa

A crise começou há uma semana. A Gazprom acusa a Ucrânia de estar roubando 65,3 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, mas a Ucrânia nega, alegando que problemas técnicos estão prejudicando o fluxo para a Europa.

A estatal ainda acusa a Ucrânia de ter uma dívida de mais de US$ 600 milhões em contas não pagas. Os dois lados ainda não chegaram a um acordo sobre o preço do gás a ser exportado em 2009.

Além da Bósnia e da Sérvia, outros países, como Romênia, República Checa, Eslováquia, Croácia, Grécia, Hungria, Macedônia e Áustria, também relatam que tiveram o fornecimento de gás completamente suspenso.

Fonte: Folha OnLine

 

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