Supostos espiões chineses se infiltraram nas comunicações feitas por celular e computador pelo primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, informou nesta quinta-feira um jornal da Austrália.

Os fatos aconteceram durante a visita de Rudd à China, em agosto de 2008, quando os serviços de inteligência chineses "grampearam" Rudd, segundo fontes citadas pelo jornal "The Australian".

Em Londres, após a reunião do G20, Rudd, disse a repórteres que não tinha sido avisado sobre um ataque específico, mas que o governo estava preocupado com a espionagem eletrônica.

"A declaração de segurança nacional [de dezembro] claramente identificou a ameaça de ataques cibernéticos,", disse Rudd a jornalistas australianos.

Aparentemente, a China também tentou reiteradamente invadir a rede de informática do governo da Austrália, particularmente a dos departamentos de Defesa e Interior, assim como em algumas embaixadas estrangeiras e empresas, como a mineradora Rio Tinto.

Citando fontes não identificadas da inteligência, o jornal informou que as tentativas de espionagem eletrônica de Pequim alarmaram o governo de centro-esquerda e levaram a um reforço nas medidas de segurança das comunicações entre as autoridades que viaja, para a China.

Em fevereiro, Canberra vetou a compra da Oz Minerals pela chinesa Minmetals, já que a operação incluía a aquisição da mina de Prominent Hill, situada em pleno campo de testes militares.

Depois que pesquisadores do Canadá anunciaram na última segunda-feira (30) a descoberta do que chamaram de a maior operação de espionagem online já encontrada, com base na China, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, disse que as acusações eram "mentiras" que pretendiam prejudicar a imagem do país.

Fonte: Folha Online