Distúrbios na ilha francesa de Guadalupe deixam um morto
População está em greve há um mês por aumento de salário, pedido negado pelo governo da França
AP
Um manifestante foi morto a tiros na madrugada desta quarta-feira, 18, na ilha francesa de Guadalupe, no Caribe, revelou o principal funcionário da administração local. Semanas de greves e protestos trabalhistas degeneraram em violência no território.
A morte foi a primeira desde o início dos protestos, no mês passado, e pode marcar um aprofundamento das tensões, que se espalharam para a também francesa ilha da Martinica e preocupam o governo central em Paris. A ministra de Interior, Michele Alliot-Marie, convocou uma reunião especial nesta quarta para discutir a segurança nas ilhas caribenhas, que são parte da França.
Paris se recusa a atender as exigências dos manifestantes de aumentos nos salários, apesar de quatro semanas de paralisações por menores preços e mais salários terem fechado lojas e escolas e praticamente paralisado o cotidiano em Guadalupe.
Os líderes empresariais concordaram na terça-feira em cortar em 20% os preços nos supermercados, apesar da recusa inicial. Cerca de 450 mil pessoas vivem em Guadalupe, uma ilha montanhosa e verde com praias de areia branca. Milhares de turistas deixaram o local ou cancelaram viagens, por causa da tensão.
O manifestante, com cerca de 50 anos, foi morto aparentemente por manifestantes em barricadas em um projeto habitacional em Pointe-a-Pitre, revelou Nicolas Desforges, principal funcionário na ilha. A vítima é Jacques Bino, um fiscal da receita e também sindicalista, que voltava para casa após participar dos protestos, revelou Desforges por telefone.
Policiais e funcionários do setor de emergência foram chamados para socorrer o homem em seu carro, por volta da meia-noite.Na hora em que a polícia conseguiu chegar até Bino, ele já estava morto. Três policiais ficaram feridos nos distúrbios da noite, um deles com um tiro no olho. O funcionário apontou que a ilha enfrenta "séria violência urbana".
Por trás dos protestos está também o ressentimento dos afro-caribenhos, muitos dos quais descendentes de escravos, enquanto a grande maioria da riqueza da ilha está nas mãos dos descendentes dos colonizadores. Desforges disse que não estava claro se o aeroporto, bastante prejudicado pela violência nos últimos dias pois seu pessoal não consegue chegar ao trabalho, reabriria nesta quarta-feira. Os trabalhadores exigem um aumento mensal de 200 euros (US$ 250), para os que recebem baixos salários, atualmente perto dos 900 euros (US$ 1.130) por mês.
Fonte: Estadão
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