Confira as causas e tratamentos para diabetes em cães e gatos
Veterinário explica como diagnosticar a enfermidade nos pets e as formas de prevenção e cuidados

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença no país, o que equivale a 6,9% da população nacional. Mas será que, assim como os humanos, os pets também podem ter essa enfermidade? Para responder a essa pergunta, Eric Vieira, veterinário endocrinologista da Pet Care, explica ao RPet as causas, cuidados e o tratamento em cães e gatos.
O diabetes (diabetes mellitus) é uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. "Dizemos que um pet é diabético quando seu pâncreas não consegue produzir um hormônio chamado insulina, ou quando essa insulina é incapaz de atender às necessidades do seu organismo", diz.
Vieira conta que a insulina é responsável por regular o nível de glicose dos bichos, como acontece com as pessoas. "Sem ela, os pets ficam sem energia e com excesso de açúcar na circulação, dentre outras alterações de saúde", detalha.
Causa, sintomas e diagnóstico
Vieira afirma que o que causa a diabetes nos animais são a genética, alguns distúrbios hormonais, obesidade, administração de medicamentos (como os corticoides), pancreatite e a genética. Entre os sintomas mais comuns está o aumento de apetite, da sede e do volume de urina, além de emagrecimento e catarata.
"Essa doença faz com que os pets tenham muita fome. É a tentativa do organismo de compensar a falta de energia, uma vez que ela não é distribuída corretamente para todos os tecidos. Mesmo comendo mais, eles emagrecem", ensina o veterinário.
Para diagnosticar a enfermidade no pet, o profissional indica que o tutor o leve imediatamente a um veterinário, caso reconheça um desses sintomas, e destaca a importância de fazer check-ups anuais nos animais.
"Para saber se o cão está com diabetes é preciso avaliar o nível de glicose no sangue e na urina. No gato, como o simples estresse de tirá-lo de casa pode alterar o resultado dos exames, é feito um exame complementar, a frutosamina, capaz de detectar se a glicemia está alta há algumas semanas e não só no momento da coleta", descreve.
Diferença entre diabetes em cães e em gatos
Os cães, geralmente, param de produzir insulina quando têm a doença. "O diabetes deles se assemelha ao 'tipo 1' se comparado ao do humano. A cura ou remissão do diabetes nos cães é muito rara. Uma vez diagnosticada a doença, o animal precisará ter acompanhamento por toda a vida", declara Vieira.
Já com os gatos, que têm como principal causa a obesidade, a situação é diferente. Eles produzem a insulina, mas ela não é o suficiente. "O diabetes 'tipo 2'dos humanos é o que mais chega perto ao dos felinos. Fazendo o controle da doença com o emagrecimento é possível entrar em remissão. Os gatos podem deixar de ser diabéticos por meses, anos ou por toda a vida", diz o veterinário.
Prevenção e tratamento
Ter um estilo de vida saudável é a melhor forma de prevenir a doença. A alimentação deve ser sempre de qualidade, balanceada e na quantidade certa.
"Sem o controle adequado da doença ou se ela for descoberta tardiamente, os cães podem desenvolver catarata. Já os gatos podem desenvolver a neuropatia diabética, uma condição que causa fraqueza e dor ao caminhar, especialmente com as patinhas de trás", adverte Vieira.
O profissional diz que o tratamento é feito com aplicação de insulina e uma alimentação individualizada para cada pet.
"As injeções de insulina precisam ser aplicadas a cada 12 horas na maioria dos animais e nos mesmos horários todos os dias. Para monitorar o diabetes de seu cão ou gato, é necessário acompanhar a evolução dos sintomas da doença e as taxas de glicose no sangue", comenta.
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