Colômbia agradece ajuda do Brasil e retoma missão em Cali

O governo colombiano afirmou "não ter palavras" para expressar o agradecimento do Brasil na missão humanitária para a libertação de reféns em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e prometeu retormar nesta quarta-feira a missão humanitária em Cali. A informação foi divulgada pelo jornal "El Colombiano".
"[o chanceler, Jaime] Bermúdez, que está em viagem pela Europa, expressou profundos agradecimentos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim e o embaixador em Bogotá, Valdemar Carneiro Leão e confirmou para o dia 17 de fevereiro uma viagem a Brasília do presidente colombiano, Álvaro Uribe, o chanceler Bermúdez e o ministro do Comércio, Luis Guillermo Plata, para falar das relações bilaterais", informou o jornal.
Nesta quarta-feira, a missão humanitária integrada pela Cruz Vermelha e a senadora Piedad Córdoba viaja a Cali para se preparar para o resgate de Sigifredo López. O ex-deputado é mantido refém desde 2002 e é o único sobrevivente de um grupo de 12 deputados provinciais assassinados, em cativeiro, no dia 18 de junho de 2007.
López será o sexto refém libertado nos últimos dias. As ações tiveram início no domingo (1º), com a libertação dos policiais Alexis Torres, Juan Galicia e José Lozano e o soldado William Domínguez, em cativeiro desde 2007 pelas Farc. Nesta terça-feira (3), o ex-governador do Departamento de Meta, Alan Jara, foi libertado durante a missão humanitária.
Após o encontro com a família, Jara acusou Uribe de não fazer nada pelos sequestrados. Na primeira aparição horas depois da libertação, Jara disse que a atitude do presidente indicava "que lhe convém a situação de guerra vivida no país".
Repercussão
O presidente colombiano Alvaro Uribe revidou as críticas de Jara com uma advertência às Farc de que "não se deixará enganar", tendo reafirmado a política de luta contra a guerrilha. O alto comissário para a Paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, apresentou em seguida a renúncia ao presidente, segundo o site da revista Semana.
À tarde, Restrepo deixou inesperadamente a cidade de Villavicencio, onde representava o governo na operação que libertou o ex-governador Alan Jara. Pouco antes, uma ordem do palácio de governo havia revertido uma decisão dele: a de vetar a presença de jornalistas no aeroporto em que Jara chegaria. É a quarta vez que ele pede demissão desde 2002. Uribe ainda não se pronunciou.
Também nesta terça-feira (2), o jornalista colombiano Holman Morris afirmou ter sido detido na segunda-feira pela polícia e pelo Exército colombianos, que tentaram apreender o material gravado por ele no local das primeiras libertações das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no domingo (1º), na selva.
Bogotá diz que os ex-reféns contaram que Morris foi tendencioso ao lhes entrevistar junto às Farc. Jornalista independente, Morris é correspondente da Radio França Internacional (RFI).
Fonte: Efe
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