Brasileiro é espancado por seguranças de boate em Portugal

A vítima teve o maxilar quebrado com chutes e até pedaço de pau quebrado, que ficou desacordada no chão e teve de ser operada.

Por Redação do Portal A8SE e R7.com 11/08/2022 12h38
Brasileiro é espancado por seguranças de boate em Portugal
REPRODUÇÃO FACEBOOK/GISLAINE ROSA

Em uma postagem no Facebook, a brasileira Gislaine Rosa, de 33 anos, relatou momentos de terror que passou ao lado do marido, Douglas Carvalho, na boate Call in Faro, em Portugal.

A baiana conta que seguranças a expulsaram do local junto com o marido e outros amigos venezuelanos que estavam comemorando um aniversário na madrugada de domingo (7). O grupo então entrou na boate por volta de meia-noite e depois de uma hora, um segurança reclamou do comportamento dos integrantes.

"Veio um segurança com um tom agressivo dizendo que não era para falar alto, não era para cantar, para gritar e para dançar. Estávamos aproveitando a noite como qualquer pessoa em uma boate", conta Gislaine ao R7.

Em seguida, a brasileira disse que todos os homens que estavam com ela sumiram e depois de uns dez minutos uma amiga encontrou Douglas e o amigo Juan Lopes deitados na rua, muito machucados.

As agressões se intensificaram quando os rapazes chegaram à rua. Um dos seguranças deu uma paulada na cabeça de Douglas, que caiu e recebeu chutes no rosto mesmo desacordado. Juan recebeu socos no rosto e outro amigo foi jogado no chão e chutado diversas vezes.

Douglas teve o maxilar quebrado, passou por uma cirurgia em um hospital em Lisboa na terça-feira (9) e voltou para casa. Juan teve uma fratura na face e foi operado na segunda-feira (8). A terceira vítima não teve ferimentos graves, mas ficou com marcas no corpo dos socos e chutes que levou.  

Gislaine classifica o caso de xenofobia. Ela afirma que na porta da boate os seguranças elevaram o preço da entrada pelo fato de ela não ser portuguesa e diz ter escutado brincadeiras sobre seu sotaque.

"Isso não pode ficar assim. É uma falta de respeito a nós, imigrantes, sejam brasileiros, venezuelanos, indianos ou de outra nacionalidade, que estamos neste país trabalhando de forma saudável e honesta", escreveu a brasileira no Facebook.

Em nota, o perfil da boate disse que as agressões foram cometidas por pessoas que não são funcionárias do estabelecimento e que está "procurando a melhor solução para o ocorrido". No texto, a boate diz ainda que "não se identifica com atitudes preconceituosas e que está sempre combatendo tais atitudes".

Gislaine rebate que o grupo foi abordado por homens vestidos de preto e guiados pelo segurança que estava na portaria da boate. "Se eles não faziam parte do quadro de funcionários, o que estavam fazendo lá?"
Ela conta que no Google é possível encontrar outras reclamações sobre casos de xenofobia e racismo na mesma boate. "Eu sou mais um caso. Não vou ser só mais um caso. Temos que lutar e nos unir para tentar ver o que a Justiça faz."

✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp