Banco Central dos EUA prevê menos crescimento e desemprego maior até 2010
O mercado de trabalho é atingido pela crise mundial e aumenta o exército de reserva.

A retomada gradual da atividade econômica nos EUA só deve começar no terceiro trimestre deste ano, quando a economia começar a responder aos estímulos fiscais, à queda nos preços da energia e aos esforços contínuos para estabilizar o setor financeiro e ampliar a disponibilidade de crédito. A avaliação consta da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, o BC americano) realizada nos dias 27 e 28 de janeiro.
Na reunião, o banco decidiu, em sua primeira reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) sob o mandato do novo presidente americano, Barack Obama, manter sua taxa de juros entre zero e 0,25%, foram oito votos a favor e um contra. A decisão de reduzir a taxa para o menor patamar da história do banco foi tomada em dezembro.
"Os indicadores, bem como as informações recebidas de contatos nas comunidades empresariais e financeiras, mostram uma contração econômica ampla e profunda tanto domesticamente como no exterior, refletindo em grande parte os efeitos adversos da intensificação da crise financeira e a interação da deterioração nas condições econômicas e financeiras", diz o documento.
Na avaliação do Fed, a oferta de crédito continua extremamente restrita, "com os mercados financeiros frágeis e algumas partes do setor bancário sob significativa pressão". O banco destaca que em alguns segmentos do mercado financeiro há sinais de melhora --principalmente naqueles que têm recebido apoio dos instrumentos de oferta de liquidez do Fed e de outras partes do governo.
O Fed ressaltou na ata que "em um ambiente de considerável lentidão na economia, pouca ou nenhuma pressão inflacionária por parte dos preços da energia ou de outros itens importados e uma possível queda nas expectativas de inflação, os preços e o núcleo da inflação [que exclui os preços de alimentos e energia] devem ficar baixos por muitos anos".
Os membros do comitê destacaram a continuidade nos cortes de gastos por parte dos consumidores --o consumo responde por cerca de 70% de toda a atividade econômica americana. Tal atitude reflete a preocupação dos americanos com o mercado de trabalho, além de quedas na renda e ao crédito restrito.
O banco prevê que os cortes de impostos e outros elementos do pacote de estímulo à economia americana, assinado na última terça-feira (17) pelo presidente Obama, devem dar impulso ao consumo, "embora o tamanho desse estímulo esteja pouco claro". "A menos que os cortes sejam percebidos como permanentes, o impulso aos gastos do consumidor pode ser de vida curta, como foi o caso das devoluções de impostos em 2008", diz o texto, referindo-se ao pacote de estímulo aprovado em fevereiro do ano passado pelo então presidente George W. Bush.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Mais vídeos

Estudantes que vão fazer o Enem entram na reta final de preparação

Conheça as diferenças entre os cordões de autismo

Farmácias passam por fiscalização no outubro rosa

No próximo mês começam a valer as novas regras para a antecipação do saque aniversário do FGTS

Direto de Brasília 17/10/25 - Exposição sergipano congresso
Mais acessadas
Mega-Sena sorteia seis dezenas de prêmio acumulado em R$ 40 milhões
Prêmio acumulado de R$ 48 milhões é sorteado pela Mega-Sena
Samba de Seu Zé celebra dois anos com edição especial beneficente em Aracaju
Eliminatórias do Sescanção acontecerão nos dias 22 e 23 de outubro
Outubro Mágico na Estácio Sergipe: Mês das Crianças com Programação Especial e Gratuita
Mais notícias
-
1 semana, 5 dias Guerra em Gaza completa dois anos com novos bombardeios israelenses e busca por cessar-fogo
-
1 semana, 6 dias Três cientistas ganham Nobel de Medicina 2025 por avanços no sistema imunológico
-
2 semanas, 5 dias Trump propõe tarifa de 100% para filmes estrangeiros; medida pode afetar Brasil e América Latina