As embaixadas do Irã em Portugal e na Espanha negaram informação de que Cristiano Ronaldo poderia ser punido por adultério após ter abraçado e beijado rosto de uma artista iraniana em setembro.

"Negamos veementemente a emissão de qualquer decisão judicial contra qualquer atleta internacional no Irã. É preocupante que a publicação de tais notícias infundadas possa ofuscar os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra contra a oprimida nação palestina", escreveu o perfil oficial da embaixada iraniana na Espanha no X, antigo Twitter.

Na última semana, viralizaram nas redes sociais informações veiculadas em dois jornais iranianos — O Sharq Emroz e Rouydad24 — acerca do pedido de condenação do astro português feito por um grupo de legistas do país à Justiça local, sob pena de receber até cem chibatadas.

A polêmica foi ocasionada por conta de um encontro de Cristiano Ronaldo com a pintora Fatemeh Hamimi, que sofre de paralisia corporal e desenhou o retrato do jogador em um quadro, pintado com os pés dela. 

O jogador aproveitou a visita do Al-Nassr ao país do Oriente Médio, em confronto contra o Persepolis, para se encontrar com Hamimi. Ao agradecer o presente, ele a abraçou e beijou seu rosto.

O ato de carinho é proibido pela lei iraniana por pessoas que não são casadas. No país, um homem casado é proibido de tocar em outra mulher; caso contrário, a ação é considerada adultério.

Cristiano Ronaldo viajou ao Irã nos dias 18 e 19 de setembro para disputar um jogo oficial de futebol e foi muito bem recebido pelo povo e pelas autoridades. "O seu encontro sincero e humano com Fatemeh Hamami também foi elogiado e admirado tanto pelo povo como pelas autoridades desportivas do país", diz a embaixada em outro trecho do comunicado.