O Agente Secreto: filme brasileiro com muito borogodó e potência internacional

Estreia nos cinemas brasileiros o longa de Kleber Mendônça Filho protagonizado por Wagner Moura, premiado no Festival de Cannes e cotado para o Academy Awards 2026

Por Victória Valverde - Redação do Portal A8SE 07/11/2025 18h46
O Agente Secreto: filme brasileiro com muito borogodó e potência internacional
Foto: Divulgação / Vitrine Filmes

Na última quinta-feira (6), chega aos cinemas brasileiros O Agente Secreto, produção nacional de fôlego que combina humor, ação, regionalismo, estética neo-noir e urgência social.

O pano de fundo do filme — o Brasil sob ditadura, em 1977, no Recife — não é apenas cenário estético, mas matéria viva da história nacional. Ao retratar esse período, o longa resgata debates sobre memória, vigilância, repressão e resistência, dialogando diretamente com o presente.

A obra que projeta a importância de revisitar o passado para entender o que somos e o que podemos nos tornar. Não apenas no contexto do público brasileiro, mas também na relação doce e saudosa de pai e filho entre Marcelo (que é Armando) e Fernando.

No aspecto técnico, o filme impressiona: direção segura, ambientação rica, fotografia que captura a charmosa região do Recife antigo. O diretor aposta também em ritmo carnavalesco, diálogos incisivos, construção de personagem e um cenário político que serve de motor para a trama.

além de elenco de alto nível, com Wagner Moura entregando uma atuação que lhe valeu o prêmio em Cannes, outras atuações de destaque são as de Alice Carvalho (Fátima), Roney Villela (Augusto), Maria Fernanda Cândido (Elza) e Carlos Francisco (Seu Alexandre).

E se até Wagner (que é Marcelo e Armando) se apaixonou pela formosa Tânia Maria, atriz que interpreta Dona Sebastiana, que podemos nós, mero público, fazer se não ficar louco de amor também?

A trama conduz o espectador por camadas. O protagonista retorna a Recife em busca de paz, mas encontra vigilância, mistério e traição. Assim, o suspense se mistura à reflexão e à tensão histórica.

A memória dialoga com todos os elementos de O Agente Secreto. Sobre a importância de guarda-las, seja em um documento perdido no Instituto de Identificação, no significado oculto de uma matéria no jornal e no imaginário de um povo.

O desafio internacional

Com patrocínio master da Petrobras para sua ampla estreia nacional, O Agente Secreto mostra-se não apenas um filme de autor, mas uma produção respaldada por investimento que permite um lançamento à altura da expectativa internacional.

Além disso, o filme é uma coprodução internacional entre Brasil (CinemaScópio), França (MK Productions), Alemanha (One Two Films) e Holanda (Lemming Film) e conta com distribuição da Vitrine Filmes no Brasil.

“ (...) A vocação do Brasil, é muito, muito especial. Ela é reconhecida no mundo inteiro através da música, da literatura, do cinema, do teatro, das artes plásticas. Fico muito feliz de O Agente Secreto ser um filme brasileiro, mas realizado com dinheiro público, não só do Brasil, mas também da França, Alemanha e da Holanda”, comemora o Kleber Mendonça em entrevista no Ministério da Cultura (Minc)".

O longa já vem com uma trajetória vitoriosa. No Festival de Cannes 2025, conquistou os prêmios de Melhor Direção (para Kleber) e Melhor Ator (para Wagner). Ainda, recebeu o prestigioso prêmio FIPRESCI da crítica internacional e o Prix des Cinémas Art et Essai. Já no 29º Festival de Cinema de Lima, foi eleito Melhor Filme pelo júri oficial e pela crítica.

A campanha internacional de O Agente Secreto já está a todo vapor. Desde sua estreia mundial no Cannes, a produção do cineasta Kleber Mendonça Filho firmou-se como forte candidata no cenário global.

O filme torna-se uma bandeira nacional no circuito global, o que exige uma campanha ainda mais estruturada com estratégia de marketing, relações de imprensa internacionais e exibições em praças-chave.

Se o filme entrar com força na temporada de premiações, sendo listado em rankings de “filmes para ver” internacionais, garantir sessões para votantes da Academia, colher críticas fortíssimas, suas chances se ampliam e muito.

Não basta ser bom: precisa ser visto, discutido, recomendado. O mercado internacional exige que filmes estrangeiros atinjam visibilidade em países-chave (como Estados Unidos, Reino Unido), via festivais, sessões críticas ou distribuição seletiva.

Expectativa para o Oscar 2026

O Agente Secreto foi selecionado para representar o Brasil como candidato na categoria de Melhor Longa-Metragem Internacional no Oscar de 2026. Com o pedigree de prêmios internacionais e uma narrativa que mistura o particular e o universal, o filme entra na corrida com expectativas elevadas — tanto para indicação quanto para superar a barreira de visibilidade que muitos filmes brasileiros ainda enfrentam no circuito internacional.

No aspecto técnico, o filme impressiona: direção segura, ambientação rica, fotografia que captura luz e sombra para imprimir atmosfera de tensão, além de elenco de alto nível — com Wagner Moura entregando uma atuação que lhe valeu o prêmio em Cannes.

Nesta narrativa, o diretor aposta em ritmo calculado, diálogos incisivos, construção de personagem e um cenário político que serve de motor para a trama.

Narrativamente, a trama conduz o espectador por camadas — o protagonista retorna a Recife em busca de paz, mas encontra vigilância, mistério e traição. Assim, o suspense se mistura à reflexão e à tensão histórica.

Primeiro passo: visibilidade internacional

A vitória em Cannes, com prêmios de Melhor Diretor para Kleber e Melhor Ator para Wagner Moura, colocou o filme no radar das principais premiações e distribuidores. Esse tipo de conquista funciona como selo de qualidade para audiências e comitês de premiação fora do Brasil.  Em seguida, o longa foi adquirido pela distribuidora americana Neon — a mesma por trás de sucessos em premiações, o que ajuda no acesso ao circuito norte-americano e à “corrida do Oscar”.

Campanha estratégica: timing e público-alvo.

A equipe já declarou que “a campanha começou em maio, no Festival de Cannes, e agora segue mais forte ainda”.  Isso significa que, além da estreia comercial no Brasil, existe uma movimentação para levar o filme a públicos internacionais, festivais, mostras, sessões de crítica e campanhas de premiação. As metas incluem: destaque em festivais fora do Brasil, visibilidade para críticos e também inserção nas listas e rankings que antecedem o Academy Awards 2026.

O filme torna-se uma bandeira nacional no circuito global, o que exige uma campanha ainda mais estruturada — com estratégia de marketing, relações de imprensa internacionais, exibições em praças-chave, e posicionamento para os votantes da Academia.

Se você for incluir esse trecho na sua resenha de entretenimento, vale destacar que o patrocínio da Petrobras não apenas reforça a importância institucional do filme, mas também o caráter de “lançamento de prestígio” no cinema brasileiro — o que combina com o tom artístico e de premiação citado. Pode ficar algo como:

Confira o Trailer de O Agente Secreto Abaixo:

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