Senadores usam verba de passagens para fretar jatos
Corregedor da Casa diz não ver motivo para investigação sobre o tema

Diante da revelação de que teria usado quase R$ 500 mil da cota de passagens aéreas para pagar o fretamento de jatinhos, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou ontem que vários senadores e deputados lançam mão da verba para fazer o mesmo. O primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que essa prática é comum no Congresso e admitiu que, quando era deputado, também usou a verba de passagens para alugar jatinhos.
Os senadores Mário Couto (PSDB-PA) e Jefferson Praia (PDT-AM) também reconheceram ter usado a verba para esse fim. Com isso, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), diz que não há motivos para investigar.
"Não sei por que fui pinçado. Pedi para fazer um levantamento sobre essa prática de fretamento e constatei que, pelo menos, há 20 anos, vários senadores usam essa cota. Tive o cuidado de ver na Câmara também: na Câmara é utilizada por vários deputados", afirmou Tasso Jereissati. Durante quase três horas, ele monopolizou a tribuna do Senado para se defender da acusação de uso irregular da cota de passagem aérea. Nenhum senador o criticou.
Segundo Heráclito Fortes, "mais de dez senadores" usaram a cota de passagem para pagar jatinho. Ele não quis, no entanto, revelar os nomes dos parlamentares. "Também tive autorização para alugar avião. Perguntei ao primeiro secretário da Mesa, e ele disse que podia. Que erro cometemos?", indagou Mário Couto. "Viajei pelo interior da Amazônia com os recursos da minha cota, aproveitando para alugar avião", afirmou Jefferson Praia.
Tuma descartou abrir investigação para apurar a denúncia de uso irregular da cota de passagens aéreas. Segundo ele, o Senado discute regras mais claras para a utilização da verba e, por isso, fica a critério de cada parlamentar o uso da cota mensal de viagens para os Estados. Reportagem publicada ontem no jornal Folha de S. Paulo revelou que Tasso gastou R$ 469 mil em recursos para fretar jatinhos entre 2005 e 2007. Ato do Senado, de 1988, prevê que cada senador tem direito a cinco passagens aéreas por mês para seus Estados, mas não especifica se o valor do bilhete pode ser usado para fretar jatinhos.
Cerca de 20 senadores do PSDB, PMDB, PSB, DEM e PDT fizeram discursos para defender o tucano. "O senhor paga para ser senador", disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), ao lembrar que o tucano é um homem rico. Parte dos senadores insinuou que as denúncias contra Tasso são uma represália ao grupo que apoiou a candidatura do petista Tião Viana (AC), que foi derrotado por José Sarney (PMDB-AP) na disputa à presidência do Senado.
Fonte: Estadão
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