Sarney quer ponto eletrônico para controlar hora extra
Decisão foi tomada após denúncia de que durante o recesso, servidores foram contemplados com pagamento

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), saiu nesta quinta-feira, 12, em defesa da Casa, afirmando que a instituição virou "boi de piranha" e negou que seja "uma caixa preta" por estar sendo alvo de denúncias. Ele anunciou que vai "instalar imediatamente" o sistema de ponto eletrônico para controlar as horas extras dos funcionários dos gabinetes. A decisão foi tomada após denúncia de que em janeiro, durante o recesso parlamentar, os servidores foram contemplados com pagamento de horas extras.
"Uma coisa que está praticamente decidida é o ponto eletrônico para marcar as horas extras em relação aos funcionários dos gabinetes. Evidente que cada senador vai controlar os funcionários submetidos a ele. Essa é uma decisão da Primeira Secretaria com a qual estou totalmente de acordo", ressaltou.
Indagado se o Senado é uma caixa preta, Sarney reagiu: "Não tem caixa preta nenhuma. Não há Casa mais aberta do que essa, onde as decisões são tomadas à luz do dia. Há uma diferença muito grande entre o Poder Legislativo, Judiciário e o Executivo, aqui as nossas decisões são públicas. É por isso que nós sofremos essa crítica permanente, porque somos sujeitos à fiscalização diária. Todas as coisas que forem necessárias de informação, nós temos e damos e são essas informações que vocês estão publicando".
Para ele, o Senado vem sendo "o grande alvo e o que popularmente se chama de boi de piranha". E acrescentou: "Eu quero defender o Senado. O Senado tem cumprido rigorosamente com todos os nossos deveres. E estamos resolvendo mais do que os outros Poderes, mas não podemos evitar que alguns desvios ocorram". O senador se defendeu afirmando que está buscando transparência em sua administração.
Polícia no Maranhão
Sarney justificou o envio de quatro seguranças da Casa para defender seu patrimônio em São Luis, afirmando que a Polícia do Senado atuou dentro de sua "função normal" e "cumprindo com seu dever" de garantir a segurança dos senadores, uma vez que havia ameaça segundo a qual os adversários iriam "explodir" sua residência.
"Foi divulgado e está sendo divulgado até hoje que vão explodir a minha casa. Eu pedi então aos seguranças, que dentro de função normal, que fossem averiguar a veracidade disso e fizessem um rastreamento na minha casa, como de qualquer senador", disse, em entrevista coletiva.
Sarney contou que "vários discursos foram feitos na Câmara e vários publicados no Maranhão sobre as ameaças à sua família em função do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do governador Jackson Lago, seu adversário político. Se for cassado, o governo estadual passará para as mãos da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA). "Todos os jornais publicaram esses fatos. De maneira que são públicos e não quero nominar nem entrar nesse debate. É por conta do processo político que teve lá.
Fonte: Estadão
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Mais vídeos

Hospital da Criança vem registrando aumento do número de casos graves de síndromes gripais

Sergipe registra recorde histórico de empregos com carteira assinada em maio

Sebrae e a prefeitura realizam inauguração da sala do empreendedor Francisco Pimentel Franco

Direto de Brasília 01/07/25
