PF não encontra provas contra delegado
Ministro da Justiça, Tarso Genro, já indicou que o ex-auxiliar será eximido de qualquer responsabilidade nos supostos grampos que captaram clandestinamente conversas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

O anúncio antecipado da absolvição do delegado Paulo Lacerda, feito no domingo pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, em entrevista ao Estado, causou mal-estar na Polícia Federal. O inquérito só será concluído daqui a três semanas, mas o ministro já indicou que o ex-auxiliar será eximido de qualquer responsabilidade nos supostos grampos que captaram clandestinamente conversas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, durante a Operação Satiagraha.
Nos relatórios parciais produzidos até agora, os delegados William Morad e Rômulo Berredo, encarregados da investigação, alegam que não encontraram nenhuma prova da existência do grampo e de sua autoria. "A conclusão do inquérito da PF vai ser negativa sobre qualquer responsabilidade do dr. Lacerda", disse Tarso, convicto.
O inquérito da PF, no entanto, não avançou na investigação do principal fator de desestabilização política do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): a cooperação ampla, mas secreta e à revelia da cúpula do órgão policial, de federais e arapongas. Essa parceria, cuja extensão foi negada por Lacerda em depoimento na CPI dos Grampos, foi a causa de sua queda.
Por falta de provas, a PF deve sugerir à Justiça o arquivamento do inquérito. Como o áudio da conversa até agora não apareceu, nem sequer há evidência de que o grampo tenha sido feito. Pela praxe policial, segundo a qual "sem corpo, não há crime", tanto o ex-diretor da Abin como os agentes que ele cedeu à Operação Satiagraha devem sair inocentados do caso, a exemplo do que já ocorreu em sindicância do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), divulgada no fim de dezembro.
Desencadeada em julho, a Satiagraha desarticulou um esquema criminoso que seria comandado pelo banqueiro Daniel Dantas, acusado de fraudes financeiras, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Foram presos na ocasião, além de Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas. A Abin cedeu mais de 70 agentes para ajudar na investigação, à revelia da direção da PF, o que acabou levando ao afastamento do delegado Protógenes Queiroz do caso, em meio a denúncias de vazamentos e ações ilegais, como o suposto grampo da conversa entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Mas após quatro meses de investigações, 130 depoimentos tomados e várias perícias em equipamentos e documentos, tudo que restou foi a palavra dos dois.
Fonte: Efe
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