Número de nascimentos cai 5,8% em 2024 e país registra maior queda em 20 anos, aponta IBGE
Os dados fazem parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (10) a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, que mostra que o Brasil registrou pouco mais de 2,38 milhões de nascimentos em 2024. O total representa uma queda de 5,8% em relação aos 2,52 milhões contabilizados em 2023, e marca o sexto ano consecutivo de redução no número de nascimentos no país.
Mais que confirmar uma tendência de queda, a pesquisa de 2024 mostra um aprofundamento desse comportamento, pois a redução de 5,8% é a maior dos últimos 20 anos. Supera a marca anterior, que era de -5,1% na passagem de 2015 para 2016.
Março campeão
Os dados do IBGE permitem chegar às seguintes médias:
- 198 mil nascimentos por mês
- 6,6 mil por dia
- 275 nascimentos por hora
- 4,5 crianças a cada minuto
Com informações de mais de 8 mil Cartórios de Registro Civil, o IBGE aponta que março é o mês campeão de nascimentos.
Veja os quatro meses com mais nascimentos:
- Março: 215,5 mil
- Maio: 214,5 mil
- Abril: 214,1 mil
- Janeiro: 201,7 mil
Na outra ponta, os meses com menos nascimentos foram novembro (180,2 mil) e dezembro (183,4 mil). Em 2024, nasceram mais meninos do que meninas: para cada 100 bebês do sexo feminino, houve 105 do masculino.
Mães mais velhas
Os dados dos últimos 20 anos mostram que as mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde. Em 2004, pouco mais da metade dos nascimentos (51,7%) era de mães com até 24 anos. Em 2024, essa proporção caiu para 34,6%.
A idade das mães no momento do parto também evidencia diferenças regionais. O Norte lidera a proporção de mulheres que tinham até 19 anos no dia do parto.
- Acre: 19,8% dos nascimentos
- Amazonas: 19,1%
- Maranhão: 18,6%
- Pará: 18,3%
- Roraima: 17,2%
- Amapá: 16,4%
- Alagoas: 15,5%
- Tocantins: 15,2%
- Rondônia: 14%
Prazo para registro
O IBGE registrou 2,38 milhões de nascimentos em 2024 e outros 65,8 mil referentes a anos anteriores, mas formalizados apenas agora. Pela Lei 6.015/1973, o registro deve ser feito em até 15 dias, prazo que pode chegar a três meses em áreas a mais de 30 km do cartório; a Lei 9.534/1997 garante gratuidade do serviço.
Entre os nascidos em 2024, 88,5% foram registrados em até 15 dias e 98,9% em até 90 dias. O Marco Legal da Primeira Infância determina que maternidades sejam integradas aos cartórios por sistema informatizado.
Outras cidades
Em 2024, 34,3% dos nascimentos ocorreram em unidades de saúde fora do município de residência da mãe. Em Sergipe (60,3%) e Pernambuco (58,8%), mais da metade dos partos ocorreu em outra cidade; no Distrito Federal, apenas 1,9%.
Já entre municípios com mais de 500 mil habitantes, Belford Roxo (79,4%), Jaboatão dos Guararapes (73,8%) e Aparecida de Goiânia (67,9%) lideram a proporção de nascimentos fora do município de moradia da mãe.
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