Morre o empresário e ex-deputado Sérgio Naya

30/09/2015 19h04
Morre o empresário e ex-deputado Sérgio Naya
A8SE

O ex-deputado e empresário Sérgio Naya, 65, foi encontrado morto na tarde desta sexta-feira (20) num quarto do hotel Jardim Atlântico, em Ilhéus, na Bahia, onde pretendia passar o feriado de Carnaval. Naya era proprietário da construtora Sersan, que construiu o prédio Palace 2, no Rio de Janeiro, que desabou em fevereiro de 1998 matando oito pessoas.

Segundo o médico chamado para o atendimento, a provável causa da morte foi um infarto. Pessoas ligadas à família de Naya confirmaram posteriormente a morte por infarto.

Segundo o hotel, o motorista de Naya solicitou que o ex-deputado fosse chamado, pois não estava no lugar marcado para encontrá-lo. Os funcionários chegaram a procurá-lo em outras dependências do hotel, antes de entrar no quarto. O corpo de Naya foi encaminhado ao Instituto Médico legal (IML) da cidade.

Palace 2
No próximo dia 22, o desabamento do Palace 2 completa onze anos. Na ocasião, oito pessoas morreram e 150 famílias ficaram desabrigadas. Nos dias seguintes, com a área já isolada, houve outras quedas. Por fim, o local foi implodido.

O empresário teve o mandato de deputado federal cassado meses depois, mas foi absolvido em processo judicial que o apontava como réu do crime de responsabilidade pelo desabamento. Naya chegou a ficar preso, mas sua defesa argumentou que ele não era responsável pelo planejamento e execução da construção. Em 2004, o empresário voltou a ser preso quando tentava fugir para Montevidéu, e ficou detido por mais quatro meses.

O ex-deputado foi condenado a pagar indenizações que variavam entre R$ 200 mil e R$ 1,5 milhão a cerca de 120 famílias do Palace 2. Alegou, contudo, não ter dinheiro, e seus bens começaram a ser leiloados.

Deputado
Sérgio Naya cumpriu três mandatos como deputado federal por Minas Gerais, após ter assumido como suplente. Foi eleito em 1990 pelo PMDB e reeleito em 1995 pelo PP.

Após o desabamento, teve o mandato cassado pela Câmara em abril de 1998, tornando-se inelegível por oito anos, e seus bens e os da Sersan foram bloqueados pela Justiça em julho de 2002.

* Com informações das agências Estado e Brasil

 

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