Além de auxiliar a Presidência da República na formulação da política exterior do país, o Itamaraty é conhecido pelos eventos diplomáticos realizados nos seus grandes salões. Jantares, celebrações e cerimônias protocolares são comuns para manter boas relações com governos estrangeiros. E nesta semana, o ministério terá que abrir espaço na sua adega, pois foram empenhados R$ 70,5 mil na compra de 1.098 garrafas de uísque.
Na nota de empenho, do dia 1° de agosto, consta que serão entregues 488 garrafas de um litro, com envelhecimento mínimo de oito anos e valor unitário de R$ 45,99, além de outras 610 garrafas, também de um litro, mas com envelhecimento de 12 anos, estas últimas ao custo de R$ 78,72 cada. Nos dois casos, o envelhecimento será em barril de carvalho, de primeiro ou segundo uso, podendo ser provenientes do envelhecimento de vinho ou Bourbon. Outra exigência é a procedência do destilado, que deverá ter sido produzida, envelhecida e engarrafada na Escócia.
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE), órgão responsável pela compra, informou que esta é a primeira vez que se realiza a modalidade de pregão para adquirir tal quantidade de bebidas. "A previsão é que esta compra sirva para os próximos 2 ou 3 anos", afirmou o ministério. Pelo protocolo, em recepções, coquetéis, almoços e jantares oferecidos no Itamaraty, é usual que sejam servidas bebidas alcóolicas. Nos últimos anos, o cerimonial do MRE utilizou garrafas apreendidas pela Receita Federal, mas o fato não se repetiu por causa do atual estoque de uísque, que está abaixo do normal. "Como o estoque da Receita Federal também está pequeno, e ainda seria necessário arcar com o ônus do transporte de São Paulo para Brasília, o ministério preferiu realizar o pregão. Entretanto, quando for economicamente viável, voltaremos a utilizar bebidas apreendidas", completou a assessoria.
*Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade neste tipo de gasto feito pela União e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não ajudaria, por exemplo, na manutenção do superávit do governo ou em uma redução significativa de despesas. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão em torno dos gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, despesas curiosas.
Fonte: Dyelle Menezes/ Do Contas Abertas
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