Inflação: Junho fecha em 0,24% e preços dos alimentos caem
Mesmo com a inflação em queda, o IPCA acumulado em 12 meses superou a meta do governo de 4,5%

Junho fecha com a inflação em 0,24%, graças a primeira queda do preço dos alimentos. Depois de 9 meses, esse é o quarto mês seguido que a inflação perde força.
Em contrapartida, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quinta-feira (10), que o aumento na conta de luz, tornou a conta de energia o subitem que mais pressionou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), consequência da bandeira vermelha na conta de energia elétrica.
A desaceleração acontece desde junho do ano passado, onde a inflação oficial havia sido de 0,21%, porém em fevereiro deste ano, marcou 1,31%, quando voltou a perder força novamente nos meses de março (0,56%), abril (0,43%), maio (0,26%) e junho (0,24%).
Apesar da inflação cada vez menor, o IPCA acumulado de 12 meses ficou acima do teto da meta do governo de 4,5%, pelo sexto mês seguido, chegando a alcançar 5,35%.
Em abril, esse acumulado obteve o ponto mais alto do ano, 5,53%. Esse período de 6 meses acima de 4,5% configura o estouro da meta.
Dos nove grupos de preços apurados pelo IBGE, apenas alimentos e bebidas (0,18%) apresentou queda de preços, representando peso de 0,04 ponto percentual.
Confira:
- Índice geral: 0,24% (0,24 p.p.)
- Alimentação e bebidas: -0,18% (-0,04 p.p.)
- Habitação: 0,99% (0,15 p.p.)
- Artigos de residência: 0,08% (0,00 p.p.)
- Vestuário: 0,75% (0,04 p.p.)
- Transportes: 0,27% (0,05 p.p.)
- Saúde e cuidados pessoais: 0,07% (0,01 p.p.)
- Despesas pessoais: 0,23% (0,02 p.p.)
- Educação: 0,00% (0,00 p.p.)
- Comunicação: 0,11% (0,01 p.p.)
Alimentos
Em junho, o grupo da alimentação, relacionado a alimentação no domicílio, saiu de 0,02% em maio para menos 0,43%, sendo considerado o grande vilão da inflação nos últimos meses. O ovo de galinha, arroz e frutas, foram os subitens que mais puxaram para baixo.
Já a alimentação fora do domicílio desacelerou para 0,46% em junho, depois de ter marcado 0,58% em maio. Apesar do café ter subido 0,56% em junho, ainda continua bem abaixo de maio (4,59%) e acumula alta de 77,88% em 12 meses.
A queda de preços, é resultado dos bons números da safra atual, que aumentaram a oferta de alimentos, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
Conta de luz
O fato da energia elétrica ter sido o subitem que mais empurrou o IPCA para cima, subindo 2,96% no mês, se justifica pela bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 quilowatt hora consumidos. A medida do governo para essa bandeira tarifária acontece por conta do fim do período chuvoso, demandando maior acionamento de usinas termelétricas, fornecendo consequentemente energia mais cara nos próximos meses.
Além da alteração tarifária, o IBGE apurou reajuste nas contas de luz nas cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro.
Fernando Gonçalves, afirma que se a energia elétrica fosse tirada do cálculo, o IPCA ficaria em 0,13%.
Transportes
O grupo dos transportes também teve alta relevante no mês (0,27% e impacto de 0,5 p.p). Dentro do grupo, os combustíveis caíram no mês (0,42%), mas houve alta no transporte por aplicativo (13,77%).
O índice de difusão no mês foi de 54%, isso significa que dos 377 produtos e serviços que tiveram os preços apurados, 54% tiveram alta de preço. Esse é o menor patamar desde julho de 2024 (47%). Em abril, o índice chegou a 67%.
A alta no grupo de transportes também obteve relevância este mês, com 0,27% e 0,5 p.p. Dentro deste grupo, houve queda nos combustíveis (0,42%), e alta no transporte por aplicativo (13,77%).
Dos 377 produtos e serviços que tiveram os preços apurados, 54% tiveram aumento de preço, sendo o maior patamar desde julho de 2024 (47%).
INPC
O IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em 0,23% em junho e acumula 5,18% em 12 meses.
A diferença entre os dois índices é que o INPC apura a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, para lares com renda de até 40 salários mínimos. Atualmente o mínimo é de R$ 1.518.
O IBGE confere pesos diferentes aos grupos de preços pesquisados. No INPC, por exemplo, os alimentos representam 25% do índice, mais que no IPCA (21,86%), pois as famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com comida. Na ótica inversa, o preço de passagem de avião pesa menos no INPC do que no IPCA.
O INPC influencia diretamente a vida de muitos brasileiros, uma vez que o acumulado móvel de 12 meses costuma ser utilizado para cálculo do reajuste de salários de diversas categorias ao longo do ano.
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