DEM negocia assinaturas para CPI contra Yeda

Yeda é acusada de usar caixa dois em sua campanha eleitoral para comprar um imóvel

30/09/2015 19h11
DEM negocia assinaturas para CPI contra Yeda
A8SE

O DEM no Rio Grande do Sul ainda não assinou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que pretende investigar a governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB), mas entrou de cabeça nas negociações para atrair adesões de outros partidos. Enquanto as assinaturas não chegam, a legenda já pensa na sucessão da governadora nas eleições de 2010.

Yeda é acusada de usar caixa dois em sua campanha eleitoral para comprar um imóvel.

Com a promessa de assinatura de três parlamentares do PDT, subiu para 15 o número de apoios angariados pelo PT desde a semana passada em favor da Comissão. (PT, 9, PSB, 2, e PC do B, 1). Para abrir a CPI, são necessários 19 dos 55 deputados.

O DEM, que conta com três parlamentares, está tentando atrair mais nomes para só então aderir à CPI. "O nosso posicionamento é de assinar", afirmou o deputado democrata Paulo Borges à Folha Online. "Estamos conversando com a bancada do PDT e do PTB para a gente fortalecer um grupo para assinar a CPI."

De acordo com ele, o DEM só assina depois que 17 deputados ratificarem a Comissão. "Fechando as 17 [adesões], assinamos a 18ª e 19ª."

Eleições

O DEM deve ser um dos grandes beneficiados com o desgaste de Yeda. É que um dos principais expoentes da oposição à governadora é justamente o vice-governador, Paulo Feijó (DEM). Foi ele quem denunciou a suposta arrecadação ilegal de R$ 25 mil na campanha eleitoral da tucana.

Feijó --que rompeu com Yeda ainda na campanha-- já desponta como o candidato favorito do DEM em um provável voo solo da legenda nas próximas eleições. "Estamos fazendo uma caravana pelos 25 municípios gaúchos para conversar com pessoas do partido. Já foram quatro encontros. O pessoal quer candidatura própria e um dos principais nomes é o do vice-governador", afirmou Borges.

Mesmo optando por uma candidatura majoritária no Rio Grande do Sul, o DEM pretende se juntar ao PSDB no plano nacional. "Para a presidência [da República], a nossa intenção é apoiar a candidatura do [José] Serra, [governador de São Paulo]", concluiu Borges.

Fonte: Folha OnLine

 

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