Criminalista diz que esyá perplexo com `arapongas`
Já desconfiado de que arapongas o espreitavam, Machado [NO BRASIL]ironiza postura sherlockiana tupiniquim

"Estou profundamente estarrecido, perplexo", declarou o advogado Nélio Machado, que dirige o núcleo de defesa do banqueiro Daniel Dantas, alvo maior da Satiagraha, condenado em dezembro a 10 anos de prisão por corrupção ativa.
Machado já desconfiava que arapongas da Satiagraha o espreitavam, mas ainda tinha alguma dúvida."Esse relatório, ao qual não tive acesso, confirma que os métodos empregados pelo delegado Protógenes Queiroz foram completamente à margem da lei, porque o exercício da advocacia tem previsão da Constituição e o advogado responde pela efetivação de direito constitucional, que é o da ampla defesa."
Em outubro, o criminalista representou à Procuradoria-Geral da República. Pediu investigação, alegando que nos aeroportos Santos Dumont, no Rio, e Congonhas, em São Paulo, percebeu estranhos que possivelmente o filmavam.
[NO BRASIL]"Por meio dessa postura sherlockiana tupiniquim, resolveram fazer marcação cerrada sobre o advogado do investigado", ironiza Machado.
"Quando foi decretada a segunda prisão do meu cliente, desembarquei em São Paulo e percebi que alguém me filmava. Em outra ocasião, antes mesmo da Satiagraha mostrar a sua cara, estive em um restaurante japonês em Brasília e lá me fotografaram. Tentaram cravar a calúnia de que eu me reunira com assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes." Para o criminalista, "os fatos mostram o nível da fabulação do investigador, criações mentais repulsivas, abjetas".
Machado anotou que foi àquele restaurante em junho, um mês antes das decisões de Mendes ordenando a revogação de dois decretos de prisão de Dantas.
[NO BRASIL]Ele afirma não temer arapongagem, mas não abre mão da confidencialidade que cerca as relações entre advogado e cliente. "Pen drive com filmagens da vida privada do advogado que objetivam extrair fantasias é algo muito grave, é uma desmoralização. [NO BRASIL]A jurisprudência do STF diz que advogado não se confunde com o investigado. Isso só aconteceu no pós-revolução francesa, quando foi levado à guilhotina o advogado de Luiz XVI.[/NO BRASIL]"
[NO BRASIL]"Esse monitoramento sobre o advogado do investigado é manifestamente ilegal, uma ação criminosa, tipifica o abuso de autoridade", disse Alberto Zacharias Toron, presidente da Comissão de Prerrogativas do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Corporifica uma realidade do Estado policial, porque fere a prerrogativa profissional relativa à inviolabilidade das conversas do advogado e de seus passos no exercício legítimo da defesa." F.M.
Fonte: Estadão
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