Condenados por mais de 30 anos de prisão, Ronnie e Élcio respondem por assassinato de Marielle e Anderson
Lessa recebeu a pena de 78 anos, enquanto Élcio foi condenado a 59 anos de prisão
No julgamento que marcou o encerramento de um caso que mobilizou o Brasil e o mundo, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após decisão do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (31).
Lessa recebeu a pena de 78 anos, enquanto Élcio foi condenado a 59 anos de prisão. Ambos foram considerados culpados pelo duplo homicídio triplamente qualificado, pela tentativa de homicídio contra a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, e pela receptação do veículo usado no crime. Além das penas de prisão, foram condenados a pagar pensão ao filho de Anderson até seus 24 anos e indenizações por danos morais às famílias das vítimas.
O processo trouxe à tona também a investigação dos supostos mandantes do crime: os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que atuavam na política e estão sendo julgados separadamente no Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao foro privilegiado.
Acusados de conspirar contra Marielle por questões políticas e fundiárias, os irmãos, juntamente com o ex-delegado Rivaldo Barbosa, enfrentam acusações de interferir nas investigações e ocultar evidências.
Durante o julgamento, o Ministério Público destacou que o crime foi motivado por razões políticas e financeiras, com Ronnie Lessa como executor e Élcio no papel de motorista.
Segundo o MP, Lessa teria iniciado o planejamento do crime meses antes, realizando pesquisas sobre a vida e a rotina de Marielle. Na réplica, os promotores enfatizaram que a delação dos acusados ocorreu apenas após a certeza de uma condenação iminente, salientando que a busca por justiça não diminuiria a gravidade dos atos cometidos.
Por outro lado, as defesas de Ronnie e Élcio tentaram argumentar por uma condenação mais branda, alegando que o crime não tinha motivação torpe ou política. Os advogados minimizaram o envolvimento dos réus com as mortes de Anderson e Fernanda, sustentando que Lessa apenas pretendia atacar Marielle.
No entanto, o júri foi unânime ao considerar que as provas apresentadas pelo MP e a participação dos réus foram suficientes para confirmar a culpa nos homicídios e outros crimes relacionados ao caso.
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