Mulheres representam 9,4% dos parlamentares brasileiros

30/09/2015 20h18
Mulheres representam 9,4% dos parlamentares brasileiros
A8SE

Estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) revela que, apenas 9,4% dos parlamentares são mulheres. Dentre 169 países pesquisados, o Brasil ocupa a 80º posição no ranking que mede as diferenças na distribuição das realizações entre homens e mulheres.

O IDG (Índice de Desigualdade de Gênero) é uma nova medida criada este ano com a mesma base do IDH (Índice de Desigualdade Humana). São levados em conta a taxa de mortalidade materna e de fertilidade adolescente, a distribuição dos passentos parlamentares por cada sexo, o sucesso escolar no ensino secundário e superior e a taxa de participação no mercado de trabalho.

O Brasil alcançou a média 0,631 em uma escala de 0 a 1, sendo que 0 indica que mulheres e homens desfrutam de igualdade, e 1, que as mulheres sofrem uma desigualdade tão grande quanto possível em todas as dimensões medidas. O indicador é novo; por isso, não há base de comparação com outros levantamentos do Pnud.

O indicador mais discrepante entre mulheres e homens no Brasil é a representação de cada gênero no Parlamento, que inclui a Câmara dos Deputados e as assembléias legislativas de todo país. Por outro lado, 48,8% das mulheres acima de 25 anos têm pelo menos educação secundária, contra 46,3% dos homens. Já 85,2% dos homens têm trabalho, contra 64% das brasileiras.

Quanto à saúde da população feminina, 98% têm cobertura pré-natal de pelo menos uma visita ao médico e 97% realizam parto assistido por pessoal especializado. A taxa de fertilidade na adolescência - definida como o número de nascimentos por 1000 mulheres com 15 a 19 anos - é de 75,6. O IDG também mostrou que 110 mães morrem para cada 100 mil bebês nascidos vivos.

Ranking mundial
Em todo o mundo, o IDG varia profundamente. No primeiro colocado do ranking, os Países Baixos, as perdas nas realizações devido à desigualdade de gênero variam entre 17%. Já no Iêmen, último colocado, essa taxa sobe para 85%.

De acordo com o Pnud, os países com distribuição desigual do desenvolvimento humano também sofrem de elevada desigualdade entre mulheres e homens. Entre os países com um desempenho muito pobre em ambas as categorias estão República Centro-Africana, Haiti e Moçambique.

Os 10 países com menor igualdade de gênero têm um IDG médio de 0,79 e são (por ordem descendente): Camarões, Costa do Marfim, Libéria, República Centro-Africana, Papua-Nova Guiné, Afeganistão, Mali, Níger, República Democrática do Congo e Iêmen. As sociedades com maior equilíbrio entre gêneros segundo o IDG são os Países Baixos, a Dinamarca e a Suécia.

Fonte:R7

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