Mulheres representam 9,4% dos parlamentares brasileiros

Estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) revela que, apenas 9,4% dos parlamentares são mulheres. Dentre 169 países pesquisados, o Brasil ocupa a 80º posição no ranking que mede as diferenças na distribuição das realizações entre homens e mulheres.
O IDG (Índice de Desigualdade de Gênero) é uma nova medida criada este ano com a mesma base do IDH (Índice de Desigualdade Humana). São levados em conta a taxa de mortalidade materna e de fertilidade adolescente, a distribuição dos passentos parlamentares por cada sexo, o sucesso escolar no ensino secundário e superior e a taxa de participação no mercado de trabalho.
O Brasil alcançou a média 0,631 em uma escala de 0 a 1, sendo que 0 indica que mulheres e homens desfrutam de igualdade, e 1, que as mulheres sofrem uma desigualdade tão grande quanto possível em todas as dimensões medidas. O indicador é novo; por isso, não há base de comparação com outros levantamentos do Pnud.
O indicador mais discrepante entre mulheres e homens no Brasil é a representação de cada gênero no Parlamento, que inclui a Câmara dos Deputados e as assembléias legislativas de todo país. Por outro lado, 48,8% das mulheres acima de 25 anos têm pelo menos educação secundária, contra 46,3% dos homens. Já 85,2% dos homens têm trabalho, contra 64% das brasileiras.
Quanto à saúde da população feminina, 98% têm cobertura pré-natal de pelo menos uma visita ao médico e 97% realizam parto assistido por pessoal especializado. A taxa de fertilidade na adolescência - definida como o número de nascimentos por 1000 mulheres com 15 a 19 anos - é de 75,6. O IDG também mostrou que 110 mães morrem para cada 100 mil bebês nascidos vivos.
Ranking mundial
Em todo o mundo, o IDG varia profundamente. No primeiro colocado do ranking, os Países Baixos, as perdas nas realizações devido à desigualdade de gênero variam entre 17%. Já no Iêmen, último colocado, essa taxa sobe para 85%.
De acordo com o Pnud, os países com distribuição desigual do desenvolvimento humano também sofrem de elevada desigualdade entre mulheres e homens. Entre os países com um desempenho muito pobre em ambas as categorias estão República Centro-Africana, Haiti e Moçambique.
Os 10 países com menor igualdade de gênero têm um IDG médio de 0,79 e são (por ordem descendente): Camarões, Costa do Marfim, Libéria, República Centro-Africana, Papua-Nova Guiné, Afeganistão, Mali, Níger, República Democrática do Congo e Iêmen. As sociedades com maior equilíbrio entre gêneros segundo o IDG são os Países Baixos, a Dinamarca e a Suécia.
Fonte:R7
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Mais vídeos

ONG de proteção animal denuncia retirada de abrigos para animais de rua na região da Coroa do Meio

Homem suspeito de assaltar idoso em março é morto em confronto com policiais em operação conjunta

Operação Quimera desarticula grupo criminoso ligado a homicídios em Sergipe

Luta para erradicar o trabalho infantil entra em pauta mais uma vez no MP-SE
