Violência cai nas capitais e cresce no interior

A violência migrou para o interior. O Mapa da Violência - Anatomia dos Homicídios no Brasil, estudo que avalia a trajetória do índice de homicídios no país entre 1997 e 2007, aponta que nesse período de dez anos houve um aumento de 37,1% desse índice no interior, enquanto nas grandes cidades e regiões metropolitanas houve queda: 19,8% e 25%, respectivamente.
O estudo do Instituto Sangari, com base nos dados do Subsistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, foi divulgado nesta terça-feira (30), em São Paulo.
O pesquisador Julio Jacobo, autor do trabalho, a mudança é reflexo da formação de novos polos econômicos e do aumento do contrabando nos municípios de fronteira.
- Vivemos a interiorização da violência.
Para ele, também exercem pressão significativa as estatísticas de municípios localizados em áreas do Arco do Desmatamento, com atividades ilegais e grilagem de terras, e em áreas de turismo predatório, nas quais há aumento de consumo de bebidas e drogas.
- A violência vai para onde vai o dinheiro e para onde há menos repressão.
Mesmo empurrando num primeiro momento as estatísticas para baixo, a interiorização da violência traz um problema a médio prazo. A forma de prevenção e combate ao problema deve obedecer às características de cada região.
- A pulverização dos polos demanda respostas rápidas, mas diferenciadas.
O pesquisador destaca que no país não há um padrão único de comportamento da violência. Em alguns locais, como Pernambuco, Espírito Santo, Rondônia e Acre, houve uma estabilização das estatísticas; em outros, como Maranhão, Alagoas e Minas Gerais, foi registrado um aumento de 150% ou mais nos indicadores.
Paraná e Pará, que em 1997 apresentavam índices relativamente baixos, passaram a despertar a atenção pelos números. O Pará, por exemplo, saltou da 20ª posição no ranking de maiores índices de homicídio para o 7º lugar. O Paraná passou de 14º para 9º.
- Temos vários movimentos simultâneos. A violência cai nos grandes centros, cresce em áreas mais remotas. Há uma queda de números gerais, mas uma explosão entre determinadas populações: jovens e negros.
O estudo mostra, por exemplo, que no período o índice de homicídios cresceu 30% no grupo entre 14 e 16 anos. E é na faixa de 15 a 24 anos que se concentram os maiores indicadores de homicídios no país. Estão nessa idade cerca de 35 milhões de jovens, o que corresponde a 18,6% da população. Os jovens, no entanto, respondem por 36,6% do total desse tipo de crime.
Fonte: R7
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