Câmara do DF suspende recesso e tenta retomar CPI

30/09/2015 19h52
Câmara do DF suspende recesso e tenta retomar CPI
A8SE

O recesso na Câmara Legislativa do Distrito Federal foi suspenso e os deputados devem voltar ao trabalho na segunda-feira (25). O recesso foi suspenso por determinação do presidente em exercício da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), que também tenta retomar a CPI para investigar as acusações de corrupção contra o governador José Roberto Arruda (sem partido) e deputados distritais.

Até segunda-feira, os líderes partidários devem indicar os novos integrantes para formar a segunda versão da CPI da Corrupção. A CPI foi dissolvida na quinta-feira (21) pelo deputado Alírio Neto (PPS), que presidia a comissão.

A partir de segunda-feira, os 24 parlamentares retomam normalmente os trabalhos, com previsão, inclusive, de sessão plenária. Às 18h de segunda-feira está prevista escolha do presidente e vice-presidente da nova CPI da Corrupção.

Depoimento de Durval

Com a formação da segunda versão da CPI, a oposição pode manter o depoimento do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Os parlamentares esperam que o juiz Vinicius Santos, que determinou o afastamento dos oito parlamentares citados no inquérito 650 do MPF (Ministério Público Federal), refaça o despacho deixando claro que a decisão não dissolve, automaticamente, a CPI da Corrupção.

De acordo com a assessoria jurídica do gabinete do deputado Paulo Tadeu (PT), o juiz aguarda as notas taquigráficas da sessão de ontem da comissão para ter acesso oficial à decisão de Alírio Neto com os argumentos que o levaram a acabar com a CPI.

A OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil) encaminhará as notas ao juiz e se ele comprovar que sua sentença foi usada como artifício para a base governista acabar com a comissão, deve "corrigir" o despacho ainda hoje.

Com o novo texto do despacho e a nova formação da comissão até segunda-feira, o requerimento de convocação de Durval e os outros atos da CPI continuam valendo mesmo se Alírio Neto não voltar atrás na dissolução da comissão. Mas se o juiz não modificar o texto da decisão até os novos membros tomarem posse, o depoimento de Durval cai por terra.

 

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