Após empate em pesquisa, Dilma e Ciro já ensaiam ataques

30/09/2015 19h41
Após empate em pesquisa, Dilma e Ciro já ensaiam ataques
A8SE

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) trocaram ontem as primeiras farpas eleitorais entre os dois, pré-candidatos na disputa pela Presidência da República. Em eventos distintos em São Paulo, Dilma e Ciro comentaram a sucessão do presidente Lula --que alçou Dilma a candidata do PT e é aliado de Ciro.

Questionada, em entrevista a correspondentes estrangeiros, sobre o crescimento de Ciro na recente pesquisa Ibope,que também indicou a estagnação da ministra nas intenções de voto ao Planalto, Dilma condenou uma comemoração antecipada.

"Sempre que no Brasil alguém tentou sentar na cadeira antes do prazo, deu errado. Isso era dias antes [da eleição]. Eu acredito que é prudente a gente esperar as urnas serem abertas e os votos serem contados", disse ela.

Ciro comemorou publicamente o resultado da pesquisa, que em um de seus cenários traz o deputado à frente da ministra. Em outro, os dois apareciam tecnicamente empatados. A pesquisa mostrou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na liderança. Ciro, em palestra na Força Sindical, afirmou que Dilma evita confrontos com o pré-candidato tucano.

"Os adversários não são bobos, pelo contrário, estão aí falando "o Lula é meu amigo também". O Lula não dá mais canelada em ninguém, é Lulinha paz e amor para o resto da vida, e a Dilma entrou na mesma, ainda hoje [ontem] nos jornais estou eu falando mal do Serra, e a Dilma agarrada com ele. Quem quer ser bonzinho sou eu, eu quero ser bonzinho e ninguém deixa", disse Ciro, em referência a um evento no qual o tucano e a petista se encontraram anteontem em São Paulo.

Ciro também atacou Serra: "A questão não é essa, se ele é feio ou bonito. Eu acho ele feio para caramba, mais na alma do que no rosto".

O deputado criticou ainda a aproximação dos petistas com os peemedebistas. "A atual coalizão PT-PMDB tende ao conservadorismo." Ele defendeu duas candidaturas governistas; a dele, e a de Dilma: "Uma, PMDB e PT ficam com o tempo de televisão do mundo todo, e a outra [a dele, Ciro] vai para o meio da rua, livre sem ter que falar bem do [José] Sarney, presidente do Senado. O outro lado de lá [do PT] fala, que eu compreendo", disse.

Fonte: Folha Online

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